segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

LEITURA GLOBAL

Assassino.


Peixes assassinos.



Assassina?


Qualquer um pode encontrá-lo, nesse impaciente estado de transe bagunçado onde se aguarda que o semáforo mude de âmbar para verde.

Também nos podemos cruzar com ele em metade da rua ou ser esse desconhecido, contíguo da nossa "localidade" no cinema.

Em todo o caso é um próximo-parente, ou seja um próximo-vizinho, mas a verdade é que algo o diferencia dos outros.

Todos os dias, mesmo que chova, logo de manhã, gosto de ler, sem molhar o papel informático, três diários espanhóis.

Não sou um saudosista de Ourique, Aljubarrota ou do Tratado de Tordesilhas, mas gosto ler o que se passa na "casa vizinha".

Sou curioso e gosto de bisbilhotar, o Faro de Vigo, O ABC e o El Pais. Raramente o El Mondo. (Gosto de andar informado, pois podemos ser invadidos, se não por outro motivo, pelo menos pelo preço da gasolina)

O Juiz de Menores, exerceu com ele, o tal próximo-parente ou próximo vizinho, um tipo de piedade que consiste em aumentar o risco para o resto de todos os compatriotas.

Estou a referir-me à notícia sobre um assassino, conhecido que ficou pelo nome de "assassino do sabre".

Qualquer um pode ter um mau momento.

O adolescente matou o seu pai e a sua mãe, com uma espada ou sabre japonês que atravessa e corta um cabelo no ar.

Não satisfeito com essa poda na sua árvore genealógica, carregou sobre a sua pequena irmã.

Agora, este conflituoso tipo, que actualmente tem 24 anos, foi colocado em liberdade sem vigilância policial.

FARÁ ISTO LEMBRAR ALGO DO NOSSO PORTUGAL ?

Como reprovar o perdão?

Todos ou quase todos, menos os que o outorgaram, aspiramos a ele.

A misericórdia está um patamar acima da justiça, mas não deixa de ser inquietante que este campeão do crime, agora que tanto se fala da família como instituição sagrada, pode andar à solta, depois de eliminar a sua.

O "estafermo" está como uma cabra, mas as cabras não usam sabres.

Estatelam-se no monte, mas não estatelam corpos.

Os juízes perdoaram-lhe oito meses de internamento terapêutico, mas isto tem pouca importância.

É igual o oito ou oitenta.

O problema consiste em não saber se o agressivo louco vai voltar a ter um mau momento e vai levar por diante todos os que tenha ao lado.

Vamos a ver se os "vizinhos" têm sorte e não lhe ocorre entrar no mesmo bar em que estão esses vizinhos, a tomar um copo e fumando um cigarro.

Se lhe incomodar o fumo, voltará a usar o sabre?

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