quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

CARTEIRAS, (de Escola), TRISTES







Havia que ensinar a ensinar.

A agitação a que se submeteu a pedagogia, vem-na afastando do amor, incluso dessa consequência que chamamos paciència.

Não são culpados os professores, mas sim os que exercem sobre eles o seu hipotético magistério.

Que seria dos putos sem a desobediência? Perguntava Jean Cocteau.

É certo que estão defendidos por ela, mas agora deu origem a que nós, os adultos, estejamos indefesos.

De sua majestade, o professor foi passando a ser considerado culpado de algo, por tudo o que se esforça para inculcar-lhes certas maneiras e a explicar aos parvos que a do "i" é a do pontito.

Todas as estatísticas são e estão dificeis de acreditar, mas muito especialmente as que se referem à escolaridade.

Como é possível que uma taxa algo elevada, acuse de maltratos os professores?

Como é possível haver professores maltratados?

O “mobbing”, (espécie de mafia de estatísticas), não se conhece no nosso livre idioma uma palavra aproximada, assegura que uma percentagem não desprezível dos nossos alunos sofre de stress e que um número mais elevado, acuse o seu professor de maltratos.

O professor, sofrerá de quê, quando é maltratado?

Antes, ligava-se menos ao stress, porque não se conhecia a palavra.

Não há nada melhor para não padecer de uma doença que não se tenha descoberto o seu nome.

Basta não chamar estúpidos ou néscios aos atrasados mentais para diminuir o seu número nas estatísticas.


Os conflitos de indisciplina não são novos, o que é novo é a liberdade de “arejá-los”.

Gente da minha geração, sofria castigos físicos.

Professores, não só enlutados, exerciam com evidente sadismo, patente nos castigos físicos e um mal encoberto homosexualismo, nalguns locais, ainda que alguns reverendos o encobrissem muito bem, mas não posso acreditar nas estatísticas actuais.

Há professores espancados !!!

E alunos?

Alguns até nem deveriam ser espancados. Coitado do instrumento de espancamento que não merece tratos de polé.

Mais a mais, para que não me tirem da cabeça e do velho coração que é possível a melhoria moral.

A profissão de professor é a que sempre admirei mais.

Com ela sigoe continuo, já que nunca abandonei a de estudante.

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