sábado, 23 de novembro de 2019

domingo, 16 de janeiro de 2011

- Nada agrada aquele que está descontente consigo próprio ! 
 (Sólon, filósofo grego, 640-558 a.C.)

LADRÕES E ladrões !!!

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Foi assim em:  




Os ladrões de carteiras, vulgo carteiristas, estão a viver a sua época dourada.

Por isso, dedicam-se a assaltar nesses paraísos dourados que há nalgumas cidades onde se agrupa o esplendor.

Não acredito que haja mais ladrões que nunca, por metro quadrado: é que eles sabem eleger os seus territórios para tornar mais rentáveis os seus redondos negócios.

Alguma vantagem teriam que ter os pobres: nas zonas suburbanas, lá, onde as cidades perdem o seu nome, a principal preocupação dos seus povoadores não é estabelecer os adequados sistemas de alarme.


 Tão-pouco dispõem de escoltas, nem de guarda-costas.

Claro que debaixo dos telhados de fibrocimento não se costuma cobiçar obras de arte, nem jóias de ilustre genealogia.

Os que estão expostos ao saque são os ricos de solenidade e há que reconhecer que isto também é injusto.

Poucos encapuçados irrompem por qualquer gasolineira, banco ou joalharia e levam, não só o que encontram à mão de semear, como o que está mais oculto.

Terão encontrado em Portugal um paraíso, os delinquentes?

Creio que esse achado vem de longe e a única coisa que mudou foram os modos.

Não é a mesma coisa, entrar numa repartição de urbanismo, com uma pasta plana, desenhada só para o transporte de documentos e linguados, que entrar à mão armada numa mansão ou numa joalharia.


Já nos havíamos acostumado aos roubos com a ponta duma esferográfica ou algo semelhante, mas escandalizamo-nos com os roubos à mão armada e difunde-se o alarme.

Quase todos, sem excepção, com a excepção dos que pertencem à vara, ou vivem perto dela e da gamela, devíamos gritar bem alto a proliferação dos roubos legalizados por leis hilotas, que conduzem à mesma decomposição.

Portugal deixou de ser uma empresa comum, mas nestas alturas do ano, há muitas "comidas" de empresas.


Bom apetite!
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sábado, 27 de fevereiro de 2010

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TEMPORARIAMENTE ENCERRADO






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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A BÍBLIA

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Os 5 volumes do Antigo Testamento e 2 do Novo Testamento


Ler isto é obra.


Já o fiz por duas vezes e ainda não "sei nada".

Também não sei se terei tempo e "coragem" para voltar a ler tudo.


(A Bíblia ao alto, na foto, é daquelas coisas que se compram ou nos oferecem para "enfeitar" a estante. Só para isso).


CAIM, de José Saramago






Só um pequeno reparo meu.

José Saramago é um Nobel. (Não foi ele que se auto-promoveu).

É um livre pensador que explana as suas ideias em liberdade e com liberdade de expressão.


Não há maior valor que isto e estes valores sobrepõem-se a qualquer mentecapto duma qualquer religião e mesmo a qualquer uma destas (religiões).

Felizmente a inquisição já foi enterrada há muito.


Trecho de 'Caim', de José Saramago

(...) Sucedeu então algo até hoje inexplicado. O fumo da carne oferecida por Abel subiu a direito até desaparecer no espaço infinito, sinal de que o senhor aceitava o sacrifício e nele se comprazia, mas o fumo dos vegetais de Caim, cultivados com um amor pelo menos igual, não foi longe, dispersou-se logo ali, a pouca altura do solo, o que significava que o senhor o rejeitava sem qualquer contemplação. Inquieto, perplexo, Caim propôs a Abel que trocassem de lugar, podia ser que houvesse ali uma corrente de ar que fosse a causa do distúrbio, e assim fizeram, mas o resultado foi o mesmo. Estava claro, o senhor desdenhava Caim. Foi então que o verdadeiro carácter de Abel veio ao de cima. Em lugar de se compadecer do desgosto do irmão e consolá-lo, escarneceu dele, e, como se isto ainda fosse pouco, desatou a enaltecer a sua própria pessoa, proclamando-se, perante o atónito e desconcertado Caim, como um favorito do senhor, como um eleito de deus.

(...) A cena repetiu-se, invariável, durante uma semana, sempre um fumo que subia, sempre um fumo que podia tocar-se com a mal e logo se desfazia no ar. E sempre a falta de piedade de Abel, os dichotes de Abel, o desprezo de Abel. Um dia Caim pediu ao irmão que o acompanhasse a um vale próximo onde era voz corrente que se acoitava uma raposa e ali, com as suas próprias mãos, o matou a golpes de uma queixada de jumento que havia escondido antes num silvado, portanto com aleivosa premeditação. Foi nesse exacto momento, isto é, atrasada em relação aos acontecimentos, que a voz do senhor soou, e não só soou ela como apareceu ele. (...)
Que fizeste com o teu irmão, perguntou, e Caim respondeu com outra pergunta.
Era eu o guarda-costas de meu irmão.
Mataste-o.
Assim é, mas o primeiro culpado és tu, eu daria a vida pela vida dele se tu não tivesses destruído a minha.
Quis pôr-te à prova.
E tu quem és para pores à prova o que tu mesmo criaste.
Sou o dono soberano de todas as coisas.
E de todos os seres, dirás, mas não de mim nem da minha liberdade, Liberdade para matar.
Como tu foste livre para deixar que eu matasse a Abel quando estava na tua mão evitá-lo, bastaria que por um momento abandonasses a soberba da infalibilidade que partilhas com todos os outros deuses, bastaria que por um momento fosses realmente misericordioso, que aceitasses a minha oferenda com humildade, só porque não deverias atrever-te a recusá-la, os deuses, e tu como todos os outros, têm deveres para com aqueles a quem dizem ter criado.
Esse discurso é sedicioso.
É possível que o seja, mas garanto-te que, se eu fosse deus, todos os dias diria Abençoados sejam os que escolheram a sedição porque deles será o reino da terra.
Sacrilégio.
Será, mas em todo o caso nunca maior que o teu, que permitiste que Abel morresse.
Tu é que o mataste.
Sim, é verdade, eu fui o braço executor, mas a sentença foi dada por ti.
O sangue que aí está não o fiz verter eu, Caim podia ter escolhido entre o mal e o bem, se escolheu o mal pagará por isso.
Tão ladrão é o que vai à vinha como aquele que fica a vigiar o guarda, disse Caim.
E esse sangue reclama vingança, insistiu deus.
Se é assim, vingar-te-ás ao mesmo tempo de uma morte real e de outra que não chegou a haver.
Explica-te.
Não gostarás do que vais ouvir.
Que isso não te importe, fala.
É simples, matei Abel porque não podia matar-te a ti, pela intenção estás morto.
Compreendo o que queres dizer, mas a morte está vedada aos deuses.
Sim, embora devessem carregar com todos os crimes cometidos em seu nome ou por sua causa (...)


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terça-feira, 17 de março de 2009

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Estou praticamente com a internete a "zero" !!!


Além de má, fraca, sem continuidade (constantemente a cair), não vejo hipóteses de a curto prazo me resolverem, (a mim e a todos os moradores das redondezas), o problema.

É que nós moramos no meio da floresta, no cimo de uma árvore e a Net não "trepa".

A civilização fica longe, para os deveres mais elementares, mas para algum proveito ... nem podemos pensar.

Somos o que Rafael Boldalo Pinheiro dizia: "Burros de carga", sem direitos nenhuns ... nem em pensar que a vida é bela ...

Mas não falta betão e alcatrão e VIADUTOS NOVOS, QUE TIVERAM QUE SER REFEITOS EM LOCAIS E POSIÇÕES DIFERENTES, DAQUELES PLANEADOS PELOS GRANDILOQUENTES TÉCNICOS DO PENICO, com ou sem asa, que OS SEMEARAM A ESMO, TALVEZ PARA ALGUÉM GANHAR DINHEIRO.

Corruptos !!!

Nem calculam os milhões que se gastaram para depois os destruíram.

Para não falar da obra que foi feita de raíz, em plena Via Norte, (sentido Maia-Porto, mesmo em frente da Efacec), onde um pilar duma passagem aérea foi construído no meio da faixa de rodagem !!!

NINGUÉM FALOU NISTO !!!

Isto em pleno século XXI.

Há sempre a desculpa de que foi estudado e calculado pelo porteiro ... ou talvez a funcionária da limpeza ...

É esta a MERDA que nos desgoverna o dinheiro dos impostos ...

Que tenham muita saúde para continuarem a obra de bem-fazer aos empreiteiros ...

Eu e todos, vamos continuar a contribuir para os indigentes que nos desgovernam há dezenas de anos ... e que nos continuam a desviar o dinheiro dos impostos para os seus bolsos!!!

PASSEM BEM !!!

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- E a minha voz nascerá de novo,
talvez noutro tempo sem dores,
e nas alturas arderá de novo o meu coração
ardente e estrelado.

(Pablo Neruda, pseudónimo de Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, ( 1904-1973). Poeta chileno, considerado um dos mais importantes eruditos do século XX. O seu pseudónimo foi escolhido para homenagear o poeta checo, Jan Neruda. A sua obra é lírica, plena de emoção e marcada por um acentuado humanismo. No seu livro de estreia, com apenas 20 anos, Crepusculário (1923), já assinou Pablo Neruda que, em 1946, passou a usar legalmente.)

REMÉDIO PARA A CRISE

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Do mal o menos …


Fevereiro teve uns dias menos, assim o número de desempregados não atingiu valores mais altos, (foram cerca de quinze mil) para perto dos quinhentos mil, aqui no nosso rincão, já em Espanha também tiveram sorte, porque não atingiram os quatro milhões, porque “só” somaram mais 154.000 pessoas.


Cada uma delas (pessoas) com um coração e um estômago.


Os prognósticos são sombrios, quer para nós, quer para os espanhóis, mesmo os da Costa do Sol.


Segundo os estudos dos estudiosos do BBVA, que sabem o que fazem quando estudam, os números elevar-se-ão em 2010, em Espanha a quatro milhões e meio e aqui, certamente que passarão os quinhentos mil.


A carreira dos desempregados é imparável.


A confiança dos consumidores, de ambos os lados da fronteira, baixou muito, ainda que continuemos a atravessá-la, porque por lá há todo o ano saldos em muitos produtos.




Por isso em muitos lares portugueses, continua a fazer-se compras do lado de lá, melhorando a nossa confiança de que o euro não é igual em todos os países.


Está intimamente ligada à recuperação dos salários em atraso, como é natural.


O desemprego favorece a virtude da austeridade, mas é funesto para a Segurança Social.


Temos que saber e perguntar como se pode viver sem perspectivas, nada mais do que ouvir discursos vazios e esperando que a Obama lhe saiam bem as coisas.


Quando nos interrogamos, “que país” deveríamos dizer “que mundo!”


O diligente Sarkozy e vários dos seus ministros recebem, em França, cartas ameaçadoras e balas de diversos calibres.


É lógico que a lua de mel do poder inclui uma boa dose de cicuta.


Quiçá, também deveríamos dar ouvidos aos sábios da tribo em vez das asneiras que fazem os conselheiros económicos.




Saramago há muito tempo que diz que não há motivos para o optimismo e Sampedro - José Luis Sampedro, não o presumível guardião do céu, já advertiu de que se há codicia, não se contrapõe um poder que a compense, transborda-se.


Com efeito, estamos transbordados.


Com efeito, estamos derramados.


Os únicos que encontram trabalho são os que removem as cordas da harpa e os que acarretam estátuas equestres de noite.


Que culpa terá o cavalo?




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