terça-feira, 20 de novembro de 2007
TUDO TREPA
Estamos nos primeiros tramos, mas a montanha tem sete círculos, como diziam os míticos alpinistas.
A subida dos preços, dos chamados alimentos básicos, que por certo não preocupa nada a quem baseia a sua alimentação noutras coisas, igualmente satisfatórias, mas algo mais caras, está a estremecer a bolsa.
A bolsa das compras.
A globalização consiste em que se sobe o preço do petróleo, sobe também o do leite.
O branco e o negro, são dois líquidos comunicantes.
A oposição, que não desperdiça nenhuma ocasião quando pode, para culpar o governo, diz que o dito governo é um perigo para o bolso do cidadão.
Parece que eles não sentaram os gordos traseiros, nas mesmíssimas posições e com os mesmíssimos problemas para resolver.
Nada fizeram, mas agora que estão fora, solucionam tudo.
Alguns de nós perguntamos com todo o devido respeito a todos eles que se crêem capacitados para melhorar a convivência, se as coisas estariam baratissimas e todos os problemas resolvidos, se estivessem no lugar dos que nos governam.
É certo que agora um litro de leite vale quase tanto como um litro de gasóleo. Também é verdade que o gasóleo não serve para nos alimentarmo-nos e que o leite, não está apto para ser combustível.
Portanto, são comparações arbitrárias e não confundem ninguém.
Por muito que os políticos nos clamem ao engano, cada vez os ouvimos com menor atenção, havendo no entanto quem ainda os escute.
A escalada de preços que está a iniciar-se, vai precipitar alguns oradores.
O feito lamentável que atingiu a subida do preço do pão, recorda-nos que não é o mesmo, pregar que dar trigo, mas também se projectam, ao abrigo dos chamados "artigos básicos", outras subidas.
Que aumente o preço dos ovos, que se lixe e que suba o preço do tabaco, mas o leite é o leite.
O BCE alerta para os efeitos dum euro forte e vaticina mais inflação.
O petróleo anda perto dos 100 dólares, valor que muitos milhões de pessoas não alcançam no fim do mês.
Quer dizer-se que, entretanto, o país segue vendo muito bem os seus habitantes, que têm que preparar-se para passar pior.
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