terça-feira, 18 de março de 2008

PERGUNTAS SEM RESPOSTA






Desde que Barack Obama ganhou folgadamente as primárias no Mississipi, a cor política dor votantes começou a identificar-se com a cor da sua epiderme.

A coligação multirracial impõe-se, por pontos, à ideológica e surge uma pergunta mal formulada:

"Se Obama fosse branco, teria chegado onde está?"

Por que ninguém pergunta a Hillary, que se não fosse loira, além de ser esposa de Clinton, teria alcançado o posto que ocupa.

Há perguntas que têm explícita a resposta.

Se é costume perguntar aos milionários, nos casos raros em que concedem entrevistas, se o dinheiro faz a felicidade, por que não se pergunta aos pobres, que são mais acessíveis, se acreditam que a miséria proporciona felicidade?

O machismo e o racismo estão a sujar a campanha, que agora é a única que nos resta, já que a espanhola ainda está fresca e as nossas, ainda estão longe.

Ante a ameaça da sua vitória, crescem as ameaças sobre a vida de Obama.

Será prematuro que haja um negro na casa Branca ?

Temos que ter em conta que Obama, como negro, deixa muito a desejar.

Não só seria dificilmente aceite para desempenhar o papel de Baltasar, na Cavalgada dos Reis Magos, como também seria repudiado como campeão da Nigéria numa noitada no Madison Square Garden.

A verdade é que nos EUA estão a treinar-se os "magnicídios", desde Lincoln a Kennedy e aumentaram os serviços de segurança em torno do candidato de cor, ainda que não se saiba o colorido final que as eleições tomarão.

Seria muito descarado eliminar o homem de pele mais ou menos indecisa.

A população sinceramente negra, levá-lo-ia muito a mal.

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