"Locos Patines", Goya
Não se fiem nas nossas estatísticas desmoralizadoras: são-no todas!
Regra geral descobrem, à larga ou com fartura, que os índices de mortalidade nos diversos países, incluindo os mais sãos, coincidem com os nascimentos.
Por isso se diz que a estatística é uma dama complacente que não nega nada do que se lhe peça com amabilidade.
Agora se nos dizem, completamente a sério, que de cada cinco portugueses, um apresenta risco de possuir um qualquer transtorno mental; mas não é possível que haja mais transtornos mentais que mentes.
Já o poeta espanhol, Antonio Machado, dizia, segundo os seus optimistas cálculos, que de cada dez cabeças espanholas, nove investem e uma pensa e, não é lógico que existam tantas turbulências com o segundo solitário.
Como não sei de onde chegam os números e desconfio de todos os inquéritos e pesquisas, mas será que incluíram todas as variantes de afectados, como a numerosíssima, de loucos.
Já um crítico de arte se deu conta, depois de assistir a dezenas de exposições ao ano, de que "em Portugal não cabe mais nenhum "babaca", mas em rigor, não são coisas comparáveis.
A loucura, ou uma certa forma dela, pode provir dum excesso de introspecção.
Há coisas que se se consideram a fundo, são para virar-se pírulas, mas não se deve confundir com a alienação.
Há muitos loucos amadores.
Está comprovado que desde que se começou a dizer que todos os génios estão algo loucos, não há ninguém que tenha um cabo solto, que não se acredite que seja genial.
terça-feira, 25 de março de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Olá querido amigo, concordo contigo
100% e está tudo dito... eu tenho sono e vou para a caminha... Muitos beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha
Enviar um comentário