
Ele respondeu que esperava que fossem cristãos.
Só isso. Nada mais.
A nomeação de Ratzinger lembrou-me essa atitude de Camus.
Sem dúvida porque tenho medo que possa ser pouco cristão.
É contrário ao espírito cristão silenciar quem não pensa como eu, perseguir sem piedade os dissonantes, persistir com teimosia na inferioridade da mulher, não condenar a tortura e os governos que a praticam, bem como outros abusos, ou não ter a piedade necessária para compreender o que no mundo actual significa a prevenção da sida.
Já sei que assim pensava o inquisidor Ratzinger e que, para melhor, o papa Bento XVI vai pensar e actuar doutra maneira.
É importante, para crentes e não-crentes, um Papa cristão, porque esses valores são indispensáveis no mundo de hoje e que os exerça sem complexos quem tem a grande autoridade moral do Papa de Roma.
Porque, infelizmente para uns e para outros, nem sempre os católicos têm sido cristãos.
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