


Em Setembro chega a sua educada extensão e começam a ausentar-se esses senhores com bermudas e abundantes capilosidades nas extremidades inferiores.
O verãozito dos marmelos, (ou o Verão dos parolos), assim chamado como recordação de quando havia marmelos, supõe um novo caminho, mas o curso dos acontecimentos segue sendo o mesmo.
Partem os vizinhos apócrifos que alugaram um andar precisamente junto ao nosso, retiram-se os toldos, as barracas, os guarda-sóis das praias e até desertam os peixes aranha e as medusas, que são como os moncos de Neptuno, que apanha uns enormes resfriados por viver sempre em sítios húmidos.
Os verões vão devagar, já que a ninguém lhe dá prazer retirar-se para os seus quartéis de inverno, mas as hipotecas disparam para o ar e só se fala da instabilidade no Iraque, o genocídio no Sudão, Darfur, o desmantelamento da ETA, que agora desconfiam que poisou por lusas paragens, mas tudo isto não será o último, nem a verdade.
O mais apelativo deste regresso, foi um encontro de Sócrates com Bush, de Zapatero com o Papa.
Este então, foi mesmo com um Papa ecologista.
Bush, quer salvar o Médio Oriente, Sócrates quer salvar Portugal e o Papa quer salvar o planeta.
Zapatero prometeu subir as pensões.
O Papa promete subir-nos ao céu.
Duas opções favoráveis, mas penso que, para os espanhóis, uma é mais urgente que a outra.
Zapatero incorporou-se com uma faixa amarela, tem que ser a sua cor favorita, o Papa, vestiu-se de verde.
Bush, parece-me que usou gravata.
Sócrates correu … como gata em telhado de zinco quente.
Não fez promessas … lá.
Talvez ainda não tenha descoberto o caminho para afiambrar-se com mais uns “pózes”, que ociosamente guardamos no bolso das ceroulas, os que ainda as possuímos.
Não sei porquê, mas antevejo ser mais difícil, Sócrates salvar Portugal, que é uma ínfima e transcendente parte do planeta, do que Zapatero salvar Espanha, ou o Papa salvar o planeta inteiro, que é uma minúscula parte do cosmos.
Os três, (Bush aqui não conta. Não lhe escreveram ainda as suas ideias, para transmiti-las), têm objectivos árduos, o primeiro, um Ali Bábá, à paisana, tem ofertas que parecem ser pouco sólidas.
Tem mais categoria, ainda que, para mim, a mesma credibilidade e credulidade o vigário de Cristo.
Depois de tanto tempo ouvindo falar de Papas, incluindo o Papa Negro, agora fala-se do Papa verde.
Devemos confiar no futuro, ainda que ele, jamais haja depositado em nós a mínima confiança.
Conhece-nos há muito tempo!
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