sexta-feira, 28 de setembro de 2007

DESEJO ARDENTE





Satânico é o meu pensamento a teu respeito e ardente é o meu desejo de apertar-te em minhas mãos, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.

A noite era quente e calma, e eu estava na minha cama quando, sorrateiramente, te aproximaste.


Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor.

Percebendo a minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos até nos mais íntimos lugares.


Eu adormeci.

Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.


Deixaste no meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.


Esta noite recolho-me mais cedo para, na mesma cama, te esperar.


Quando chegares, quero-te agarrar com toda a avidez e força.


Quero apertar-te com todas as forças das minhas mãos.


Não haverá parte do teu corpo em que os meus dedos não passarão.


Só descansarei quando vir sair o sangue quente do teu corpo.


Só assim, me livrarei de ti, mosquito filho da puta.


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