
Satânico é o meu pensamento a teu respeito e ardente é o meu desejo de apertar-te em minhas mãos, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma, e eu estava na minha cama quando, sorrateiramente, te aproximaste.
Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor.
Percebendo a minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos até nos mais íntimos lugares.
Eu adormeci.
Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste no meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo para, na mesma cama, te esperar.
Quando chegares, quero-te agarrar com toda a avidez e força.
Quero apertar-te com todas as forças das minhas mãos.
Não haverá parte do teu corpo em que os meus dedos não passarão.
Só descansarei quando vir sair o sangue quente do teu corpo.
Só assim, me livrarei de ti, mosquito filho da puta.
Sem comentários:
Enviar um comentário