

Sabe-se que os pirómanos, como o nome indica, têm alguma pira.
Fascina-os o espectáculo das chamas que se renovam perseguindo-se e competindo entre elas para ver qual delas alcança a maior altura.
A este tipo de demente poderíamos classificá-lo no grupo dos desinteressados, mas há outros que pegam fogo ás árvores unânimes dos bosques, por vingança e outros, na linhagem dos mercenários a quem, alguém lhes pagou com a finalidade de transformar o arvoredo perdido, numa urbanização, mais ou menos compacta, com moradias geminadas.
Entre todos juntos, depois, poderão juntar-se aos outros e gritar: “Fogos nunca mais !”
São tantos e tão variados, que se pensa na existência duma macabra trama criminal organizada.
Todos os anos, nenhum dos detidos tem o perfil necessário para pertencer-lhe, mas todos merecem uma Medalha de Ouro do Trabalho: são uns avoengos da treta.
Há entre eles, nonagenários, octagenários, septagenários, sexagenários, menores e atrasados mentais.
Não é difícil detê-los, já que as pessoas que chamamos de idade avançada correm pouco, ainda que gostem de ver como avançam rapidamente as chamas.
O mesmo ocorre com os atrasados mentais, que também se atrasam na sua fuga e os putos, que também se apanham facilmente.
O difícil é que as autoridades capturem os autênticos incendiários, que são os que não dão o perfil do pirómano.
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