Pequenotes, jovens e adolescentes, vão para a escola com as suas carteiras, sacos, bolsas ou mochilas novas, os seus lápis de mil cores, novas esferográficas, novos cadernos e um sem fim de livros, novos também, que os pais foram obrigados a comprar, sem poderem aproveitar nenhum dos exemplares que os irmãos mais velhos, utilizaram no ano anterior.
Será que vão estudar novas matérias, novos textos?
Como se a sociedade, da física, da geografia, da própria história e da literatura, se é assim que chamam a essas disciplinas, para não falar em química, psicologia e por aí fora, tivesse mudado a uma velocidade tal que os editores apenas tiveram tempo de refazer os textos, imprimi-los, encaderná-los e enviá-los para as livrarias a tempo de sacar o dinheiro, aos pais dos alunos que se azafanam em comprar.
O direito à educação é um direito humano.
Uma educação que dê a todos os alunos, de qualquer credo, raça ou religião, as mesmas oportunidades.
Visto assim, simploriamente, a única escola que os iguala a todos seria a pública.
Não vou referir as subvenções para o ensino particular, para as diversas religiões e confissões, para que os jovens judeus possam ir à sinagoga, os muçulmanos à mesquita, os cristãos à igreja, onde cada um receberá a mesma educação baseada nos valores cívicos e no respeito da Constituição, a tolerância do pensamento alheio e demais doutrinas que hão-de regular a vida em sociedade e a convivência em paz.
Mas, além disso, voltando ao início desta postagem, todos os alunos das escolas públicas deveriam receber os livros grátis, como um complemento desse direito à educação, o que portanto, incrementaria a igualdade que preconizam os direitos humanos e a nossa Constituição.
Seria talvez a única maneira de poder reciclar os livros de texto, não só do ponto de vista ecológico, poupando um brutal gasto anual de toneladas de papel e tinta, como também uma forma de aproveitar os conhecimentos de um ano, para o seguinte, sem mais alterações que os reais e fundamentais, que porventura pudessem ocorrer, na nossa sociedade, na nossa geografia e na história contemporânea.
O esbanjamento e o desgaste das nossas fontes de energia não só se resolve aforrando água e electricidade, como também, toneladas de papel, que como todos sabemos, procedem do abate de árvores.
E quantas menos árvores, mais deserto, mais pobreza e maior desestabilização climática.
PENSEM NISTO SENHORES GOVERNANTES!
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