Despejados
Já sei que vão surgir engarrafamentos.
Quantos são os compatriotas que estão a passar por um mau momento?
Se descontarmos governadores civis e presidentes de câmara, todos tão sábios e os ocupantes de lugares de urbanismo, todos tão bons em previsões para o seu futuro, a maioria dos portugueses passa graves dificuldades para assumir o pagamento da prestação do seu empréstimo.
Quem trabalha, nunca vê o final das contas.
Só tem a garantia do risco.
A incerteza financeira não será assim, já que há a certeza absoluta de que se "vai intensificar a desaceleração", dizem, em linguagem deplorável, lá do alto, os economistas com canudo.
Não nos chamam ao engano, mas nós ouvímo-los.
Já nos enganaram tantas vezes, com lindas ou feias palavras, que o eco das suas declarações nos fazem sonhar, no inverso das medidas que a nossa bolsa pode sonhar.
A outra, a Bolsa, com maiúscula, anda de queda em queda
Houve tempos em que os portugueses aspiravam, não se sabem bem porquê a ser, "metade monges, metade soldados".
Duas profissões austeras que obrigam a passar muitos anos de pé.
Agora somos metade pobres, metade hipotecados.
Não creio que somos ricos por sermos proprietários de umas janelas ao ar, que é de todos, mas chegou o momento em que temos que nos antecipar à conta, para evitar ordens de despejo.
Pelo que li e reli, não iremos ser penalizados pela EU, pelo excesso de produção de leite, (?).
As cotas das quotas, parece-me que sofreram alterações!
(Num mundo de abundância, estas minudências são valoradas!)
Os Bancos não são traidores e avisam da falta de pagamento das mensalidades.
Já nos adaptámos, não sem um meritório esforço, a viver com mais, mas as vacas mais fracas das povoações, já fugiram!
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