Pelo que me dizem, conta com inúmeros adeptos.
Na China, que é, onde hoje em dia, sucedem as coisas mais díspares, uma jovem ganhou um automóvel, depois de passar vinte e sete horas beijando.
Beijando a quem e o quê?
Pois o automóvel naturalmente, que o ser humano, quando não se quer aborrecer, inventa entretenimentos para sua distracção.
Assim nasceram os grandes espectáculos, como o futebol, o beisebol, as corridas, só para dar alguns exemplos.
Incluso, estes três exemplos, procedem do mesmo afã para passar um bom bocado o melhor que se possa.
Ultimamente celebraram uma prova de lançamento de bidões.
Suponho que vazios.
Mas chegará o dia em que os enchem, de maneira a dificultar mais o concurso.
Um dos concursos mais curiosos, para o meu gosto, é o de expulsar pela boca, à maior distância possível, caroços de azeitonas.
Parece-me que teve origem em Espanha.
Mas quem o inventou, não interessa para o caso.
"Ciezanos", de Cieza – Espanha, levaram o concurso a Nova Iorque e Munique.
Nesta última cidade, os lançamentos vinham coloridos, pois fez-se coincidir a exibição, com a Semana da Cerveja.
Não tenho relutância nenhuma em acreditar, que as autoridades declarem este lançamento de caroços, como desporto olímpico.
Estes mesmos de Cieza, montaram uma actividade lúdico-nocturna que consiste na artimanha de capturar uma determinada espécie de grilos ou similares.
Há pessoas que se riem destas mecânicas, mas sem dúvida que vêem o golfe como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Tu que me estás a ler, dirás, pondo-te completamente de parte, se não é de rir, ver uns tipos que, com uma "bengala" na mão, tentam colocar uma bolita num buraco.
O mesmo cabe dizer do rei futebol.
Vinte e dois de calções tratam, com todo o afã, de meter uma bola num caixilho formado por três paus em forma de janela.
Se te fixares bem e vires à câmara lenta, todas as competições dão vontade de rir.
Como o ténis, que obriga os espectadores a mover a cabeça sem parar, da direita para a esquerda e vice-versa.
Eu não levo para a brincadeira estes eventos, pois respondem a uma necessidade básica do homem, desde as suas origens, ou seja, pão e caça.
Incluso a literatura, a pintura e a música, que ao não serem pão, supõem-se que serão caça.
Este é que é o charme da coisa.
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