A investigação sobre as comunicações foi uma das chaves para deter os responsáveis do maior atentado da espamósdica história.
Pena foi que não o tivesse sido feito com a antecipação, anterior ao 11 de Março em Madrid de 2004, que foi o dia em que tudo mudou e não só as eleições, na nossa vizinha Espanha.
Os terroristas utilizaram telefones móveis, mas o móbil do crime não foi unicamente a vingança.
Em vista disto, uma nova lei atingirá os usuários anónimos do prático e malévolo artefacto: o mau é que são quase 18 milhões.
Não se sabe como se poderá alcançar isso, mas quere-se fazer.
As companhias telefónicas, espanholas, estarão obrigadas a conservar durante um ano, os dados das comunicações dos seus clientes.
Para o caso de ser pouco, o sonho orweliano complica-se, em busca da perfeição e também ter-se-á que exigir aos quiosques que vendem cartões pré pagos a identificar os compradores e encher um livro de registo, que alcançará cada semana o tamanho da lista telefónica.
O governo faz muito bem em combater a delinquência e para isso não há nada melhor que suspeitar de cada um de nós.
Claro que a vigilância massiva tem um preço, para além das dificuldades técnicas: uns milhares ou milhões de euros.
O inimigo é o número, não porque o inferno sejam os outros, que não é verdade.
Mais a mais, estas coisas imitam-se: os responsáveis pela grande trama da dopagem, em Espanha, querem, que a declarem mais 59 ciclistas, incluídos os estrangeiros.
Quiçá estará próximo o dia em que seja necessário controlar os controladores.
Para que não exagerem.
Sem comentários:
Enviar um comentário