quarta-feira, 24 de setembro de 2008

FURACÕES

.O pior é o furacão "Ike", que pode despentear as gasolineiras.

O presidente Bush que não vive em paz histórica, advertiu de um aumento do preço da gasolina.

Era o que faltava.

O "Ike", que demonstrou uma vez mais que à chamada Mãe Natureza é-lhe indiferente e não lhe importa nada o destino dos seus filhos, matou pouca gente no Texas, mas pode-nos deixar moribundos a todos.

Em Cuba, sendo um pouco mais longe, a situação é catastrófica e agora não podem atribuir as culpas a Fidel, que se converteu num antepassado, nem ao iníquo cerco.

O responsável é o vento.

O furacão chegou a Wall Street e moveu os barris de petróleo, cujo preço está a acercar-se, outra vez dos cento e muitos dólares.

Para demonstrar que isso da globalização é verdade, há-de chegar um momento em que para nos salvarmos temos que montar num globo.

Sobre a capa da terra, as coisas estão a pôr-se muito difíceis.

O desmoronamento dos mercados financeiros pode afectar, inclusivamente os mendigos.



Quando o dinheiro não corre, pára tudo o mais, salvo o rancor.


Os sociólogos mais incontaminados vaticinam um espectacular aumento da delinquência e que se vai roubar, não só os escritórios, como também nas ruas e nas moradias geminadas.


Não falemos das joalharias, porque aí não ficará quase nada.


A paz social está intimamente ligada com as digestões.


Quando a gente não come ficamos de muito mau humor como se sabe, mas o pior é que isso não só afecta o carácter, como a moral.


Faz falta dispor do necessário para ser uma pessoa irrepreensível e o que ocorre à escala individual é extensivo aos países.


Aí, têm o caso do presidente boliviano, Evo Morales, que se viu obrigado a empenhar a sua camisola de cores impetuosas, enquanto espera que lhe enviem reforços, os nove mandatários da União das Nações Sul-americanas.




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