Não sei se algum ministro altruísta, (que nem sei se existe, da Energia), se um secretário de estado, no mesmo estado que o ministro, se até mesmo da funcionária que faz as limpezas nos gabinetes desses cérebros luminosos.
Foi uma boa ideia, ainda que seja anti-goethiana.
"Luz, menos luz" deve ter gritado.
E como milagre, acendeu-se umas daquelas de alto luxo, que nem a mão lhe podemos colocar, mas deve-lhe ter iluminado a careca nua e rapada, (pelo menos interiormente), iluminando-o da ocorrência paranóica de substituir as lâmpadas.
Estas pessoas que só sabem dar ordens, que não compram lâmpadas, quer de baixo ou de alto coturno, digo, consumo, que nada sabem, nem mesmo superficialmente, porque têm todas as mordomias que os portugueses lhes pagam, deviam preocupar-se:
1º - A MÁ QUALIDADE DAS LÂMPADAS, COM UMA DURAÇÃO MÉDIA DE CERCA DE 1/3 DAS OUTRAS, QUANDO A FRAUDULENTA PUBLICIDADE, NOS INDUZ QUE DURAM … DURAM … ATÉ ACABAR, MAS ESTE ACABAR É JÁ DAQUI A POUCO.
2º - O PREÇO EXORBITANTE QUE POSSUEM, PARA TÃO FRACA QUALIDADE.
3º - QUEM CONTROLA OU TESTA A QUALIDADE DAS LÂMPADAS QUE SE ENCONTRAM À VENDA ?
4º - A QUEM RECLAMAR, COMO NO MEU CASO, QUE TRÊS LÃMPADAS, DESSAS, QUE DÃO LUZ ETERNA, AO FIM DUMA SEMANA, JÁ ERAM … LIXO?
Acho excelente o plano de poupança, com a condição de que se aplique, não só nos lares portugueses, nas inumeráveis feiras e romarias de Agosto, bem como, se fiscalizarem os mixordeiros, que fazem, manipulam, importam e outras coisas que tais, essas ou dessas lâmpadas de curta duração, digo, de luz perpétua.
Temos que poupar por solidariedade com quem tem de o fazer de maneira obrigatória.
Diz-se que o ar é para todos, mas há que reconhecer que o ar condicionado é unicamente para uns poucos.
Deve-se reduzir o limite de velocidade dos nossos automóveis pensando que se o fizermos todos, ninguém vai chegar antes e, sobretudo, substituir as tradicionais lâmpadas, que se fundem a cada passo, por outras que sejam mais caras, digo, que durem mais e gastem menos, condições que as assemelham à prometida eternidade.
Trata-se de poupar petróleo, incluídos os barris cujo fornecimento acaba de prometer o impetuoso presidente venezuelano.
Antes que a alguém ocorra a ideia de voltar á "sopa dos pobres", ou ao "prato único", temos que ensaiar o que começa a denominar-se patriotismo energético.
À força enforcam-nos e pode servir o cinto com que nos disseram para apertarmos as calças.
Só numa situação difícil se aguça o engenho.
Que ninguém diga que o Governo demonstrou ter muito poucas luzes na sua previsão da crise.
Por fim reagirá e delegará em todos nós, que a vamos ter menos.
Far-se-á o que se puder, Manuel António Gomes de Almeida de Pinho!
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