sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
A BOLSA ou a BOLSA ! ! !
As Bolsas e as vidas estão intimamente relacionadas e quando se produz um desmoronamento das primeiras, caem os escombros sobre as outras, cuja única vantagem consiste em que estão acostumadas a sobreviver entre quotidianos terramotos.
O pânico das bolsas afecta mais quem tem dinheiro, como é natural, já que a escala de Ritcher não rege os pobres.
Como não se lembram de comprar jornais não podem ler, em primeiro lugar, as cotações da Bolsa, o que lhes evita cair numa depressão maior.
Quem não tem uma ideia muito clara sobre a Euribor, o Ibex, Dow Jones e outros parecidos, desfrutam dum sonho mais profundo depois da chamada "segunda-feira negra".
Quase todas, ou mesmo todas as segundas-feiras são negras.
É o dia da semana que regista maior número de suicídios, sobretudo na Primavera.
Agora, ainda que estejamos em pleno Inverno, aconselham-nos calma, muita calma.
Esta sensata recomendação é a mesma que exibir num salão de festas, instalado num sótão, dum vetusto edifício, um grande cartaz dizendo que, em caso de incêndio não convém alarmar-se.
O inestimável Ministro da Economia, Manuel Pinho, não quer alarmismos e não devemos exagerar, que a economia caminha … por aí ...
No que devemos dar-lhe razão é que nas debandadas pisa-se muita gente e aí não devemos perder a calma já que quiçá seja isso o único que podemos conservar.
Os especialistas em finanças reconhecem que a situação se transbordou e há valores que perderam muito valor, mas ainda que se perca dinheiro, não devemos perder os nervos.
Em Wall Street teme-se um descalabro similar ao do 11 de Setembro, mas não deixa de ser confortável que o medo não tenha chegado aos aspirantes a "milionários-pobres"(aqueles com cursos superiores, que esperam entrada no mercado de trabalho e vivem em casa dos pais).
Já que lhes há-de chegar.
De momento gozam da mesma vantagem dos órfãos: uns não têm que fazer ofertas no Dia do Pai e outros não têm medo de perder parte da sua fortuna.
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