segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A MAIORIA


A história ainda só contempla os MORTOS !!!


Para os vivos, pegue num martelo e pregos de "meia galeota" e vá cruxificando os que ficarão para a história da mendicidade.

Caminhamos para um povo tipo ... romeno ...







Não sei se li, se ouvi, se constatei como uma inexorável realidade, que mais de 60 % dos portugueses considera os políticos corruptos.

Não é que estejam enganados, (falo por mim, pois mais de 98 % de mim próprio, do meu corpo, acredita piamente que é mesmo verdade), senão, que não parem à borda da estrada a pensar que essa cifra induz a erros de generalização.

O que ocorre é que os desavergonhados são mais visíveis, mas há muitas pessoas abnegadas e decentes, menos notórias, submergidas nesses fétidos pântanos e obrigada a fazer "submarinismo" nessas latrinas, que são dignas do nosso respeito, inclusive da nossa gratidão.

Medir pela mesma bitola a quem se dedica a altas tarefas de arbitrar a conveniência e os desavergonhados que só pretendem viver melhor, é radicalmente injusto

Nisto não vale a globalização.

Mirabeau era um político e também um vereador do urbanismo, desses que em tantas e tantas (daí a minha percentagem logo no início) povoações, que só pretendem mudar de nível de vida e trocar de mulher, mas que em nenhum caso são equiparáveis.

No entanto há classes e a estes segundos, nota-se a sua falta de classe.

Pelo que fazem, são bem conhecidos.

Também a imprensa está mal considerada no que chamamos a opinião pública, pois nesta profissão também há bastante diversidade.

Se Mariano José Larra (*) estivesse vivo, era altamente improvável que participasse nestes programas (?) das nossas televisões, que fazem a elegia da futilidade.

Etimologicamente a palavra prestígio vem de engano.

Tem a mesma raiz que presdigitador.

Há que pensar que são prestimoniados pela política que realizam mal, nos seus jogos e por isso caíram no desprestigio popular, que as sondagens sempre acompanham.

Mas devemos ter em conta que nem todos os inquiridos acertam sempre.

(Veja-se os casos de Barrabás, Hitler ou Salazar).

Por outro lado, pelo que também se chega ao mesmo sítio, acreditar que mais de 60 % dos nossos políticos são corruptos, supõe também, que à volta de 40 % não o são.

Uma percentagem bastante confortável.

(*)
Mariano José Larra, (24/03/1809-13/02/1837) escritor e jornalista espanhol, representante do Romantismo.


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