terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

NEGAR … NEGAR !

Casal McCain


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Pedir-lhe a um candidato que a sua alma esteja tão impoluta como a sua túnica é excessivamente luminoso, por muitos focos que lhe incidam em cima.

Para chegar a sê-lo teve que saltar, com os pés juntos e mais ou menos airosamente, por cima de muitos companheiros de partido e chapinhar em barro como o barro salpica sempre.

Não faz falta, ainda que não estorve, para ser um bom governante.

Já Ortega (*) apontou a teoria de que a honestidade, sem negar que seja uma virtude, é um atributo menor num homem de Estado.

Que Deus nos dê a Julio César, ou a Churchill, para não irem tão longe, quando tiverem flancos débeis!

Exigir a um candidato acrisolada conduta doméstica, equivale a exigir a um grande legislador que tenha boa letra.

Leva bastante tempo a campanha de John McCain, com vista ás eleições presidenciais que os EUA celebrarão em Novembro, mas tudo se desequilibrou ou oscilou ao aparecer uma confusão de saias.

O senador pelo Arizona é bastante ancião, mas atribui-se-lhe uma agradável relação com uma loira esbelta e sorridente, uns 30 anos mais jovem que ele.

O homem fez o único aconselhável nestes casos: morrer negando.

Também se retratou junto da sua esposa, que também é loira, mas sorri menos que a outra.

Pode arruinar-se uma carreira por uma coisa assim?

O presumível adultério ameaça-o tirá-lo dum meio quando estava no ponto mais alto, mesmo que não tenha pinta de ganhador absoluto.

Segundo os analistas, o que se perfila como hóspede da Casa Branca é Obama, que é negro, mas não sinceramente negro.

Uma experiência curiosa.

Oxalá que não lhe descubram um caso com um relacionamento com uma negra, com uma loira ou uma que faça cenas.

Seria muito negro!

(*) José Ortega y Gasset, (Madrid, 9/05/1883 - 18/10/1955), filósofo espanhol, autor da célebre frase, "Eu sou eu e a minha circunstância, se não a salvo a ela não me salvo eu".
Viveu exilado em diversos países e cidades, entre elas, Lisboa.
Para Ortega, o homem, é o problema da vida, entendendo por vida, o incomparável, o único, o concreto.

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