segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

- O homem mais feliz, seja ele um rei ou um camponês, é o que encontrou a paz no seu lar ! (Goethe, poeta e escritor alemão, 1749-1836)

AS NEVES DO … DESCONTENTAMENTO




Vão passando os anos, como é sua obrigação e chegam as primeiras neves enquanto perguntamos onde estão as antigas.

Tal como ver cair a chuva sempre nos recorda outros aguaceiros, os nevões parecem-nos novos, sobretudo os que vivemos em locais soalheiros.

Onde estão as neves de antanho?

Perguntou François Villon (*), que apesar de ser um ladrão, não se recordava onde havia deixado as coisas.

As primeiras neves caem sempre sobre a "áspera serra e esplêndido Portugal" e dão um resultado que é sempre igual: o trânsito colapsa, como sempre e muitos, muitos ... sempres.

São sempre os mesmos caminhos, os mesmos quilómetros, considerados os mais perigosos e que continuam a ostentar a sua deplorável marca de risco.

A meteorologia é incorrigível, mas quem superintende ao tráfico, tão pouco parece ter conserto.

Os pontos negros, de maior sinistralidade, continuam sendo os que eram, no que não deixa de ser uma forma de tradição e fidelidade.

A neve está sempre amarrada a ele mesma.

Quando chega o calor liberta-se e desenvolve-se melhor.

"Ano de neves, anos de tesouros", dizem os lavradores, que, ainda que saibam poucas coisas, sempre se classificaram como sábios.

Como se pode ir de colapso em colapso, ano após ano na nossa serra?

À mãe natureza, ganharam-se muitas batalhas, se bem que nunca por KO, mas entre nós, isto da neve impedir acessos é a prova dos nove do nosso progresso.

Como o que se não conforma é porque não quer, temos que considerar que pior é o Al Gore.

Ao ilustre cara de pau, há que reconhecer-lhe um notável sentido de oportunidade, já que divulga as profecias dos mestres científicos.

O aumento do nível do mar poderá superar um metro e meio em 2100.

A minha garagem, que só tem livros, será uma piscina e eu navegarei por outras águas.

Quem vier atrás que nade!

(*)

François Villon nasceu em Paris em 1431.
Depois de estudar na Universidade de Paris, esteve envolvido em vários casos de roubo e num episódio em que feriu mortalmente um padre.
Preso várias vezes, chegou a ser condenado à morte, mas teve a pena comutada em banimento da cidade de Paris.
A partir de 1463 não se tem mais notícias dele, não se sabendo o ano de sua morte. A primeira edição de sua obra saiu em 1489.
E dessa obra, vários poemas, seja dos mais líricos seja dos mais sarcásticos, estão entre os mais conhecidos da literatura ocidental.
A sua vida foi a mais estranha das simbioses.
Era triste, mau, alegre, louco, magro e desprezível; um feixe de pele, ossos e fogo. Anguloso, inquieto e nervoso: "Seco e escuro como um cigano", segundo ele próprio.
O lábio superior desfigurado por um golpe de adaga, olhos voltados em furtiva obliquidade para o salto súbito de um possível gendarme escondido na sombra.
Era o mais hábil e vil ladrão de Paris e o maior poeta da França a seu tempo


A chuva nos descrosta e lava, e eis
nos curte o sol o corpo enegrecido;
corvo e pega desolham-nos cruéis,
e barba e sobrancelhas hão comido.
Sentar não nos é nunca consentido;
e cá e lá, ao vento que varia,
e assim em baloiçar-nos só porfia,
mais que dedais bicados nos olhai.
Não sejais pois da nossa confraria;
mas que Deus nos absolva lhe rogai.

(excerto da sua obra)


domingo, 30 de dezembro de 2007

- Nada agrada aquele que está descontente consigo próprio ! (Sólon, filósofo grego, 640-558 a.C.)

LADRÕES E ladrões !!!









Os ladrões de carteiras, vulgo carteiristas, estão a viver a sua época dourada.

Por isso, dedicam-se a assaltar nesses paraísos dourados que há nalgumas cidades onde se agrupa o esplendor.

Não acredito que haja mais ladrões que nunca, por metro quadrado: é que eles sabem eleger os seus territórios para tornar mais rentáveis os seus redondos negócios.

Alguma vantagem teriam que ter os pobres: nas zonas suburbanas, lá, onde as cidades perdem o seu nome, a principal preocupação dos seus povoadores não é estabelecer os adequados sistemas de alarme.

Tão-pouco dispõem de escoltas, nem de guarda-costas.

Claro que debaixo dos telhados de fibrocimento não se costuma cobiçar obras de arte, nem jóias de ilustre genealogia.

Os que estão expostos ao saque são os ricos de solenidade e há que reconhecer que isto também é injusto.

Poucos encapuçados irrompem por qualquer gasolineira, banco ou joalharia e levam, não só o que encontram à mão de semear, como o que está mais oculto.

Terão encontrado em Portugal um paraíso, os delinquentes?

Creio que esse achado vem de longe e a única coisa que mudou foram os modos.

Não é a mesma coisa, entrar numa repartição de urbanismo, com uma pasta plana, desenhada só para o transporte de documentos e linguados, que entrar à mão armada numa mansão ou numa joalharia.

Já nos havíamos acostumado aos roubos com a ponta duma esferográfica ou algo semelhante, mas escandalizamo-nos com os roubos à mão armada e difunde-se o alarme.

Quase todos, sem excepção, com a excepção dos que pertencem à vara, ou vivem perto dela e da gamela, devíamos gritar bem alto a proliferação dos roubos legalizados por leis hilotas, que conduzem à mesma decomposição.

Portugal deixou de ser uma empresa comum, mas nestas alturas do ano, há muitas "comidas" de empresas.

Bom apetite!


sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

- As preces ou orações, quando feitas com as palavras da alma, são muito, muito poderosas. Mas a nossa persistência e paciência, o nosso trabalho e acreditarmos que somos capazes, não tem comparação ! (xistosa)

ESTÁS EM BOAS MÃOS, CARLA BRUNI !






De momento estão feitos um para o outro, sem deixarem de fazer o que lhes dá na gana como os demais.

O de Carla Bruni e Nicolas Sarkozy, foi amor à primeira vista, uma flechada, tipo de "cego que aponta e dispara, vencendo deus e o rapaz".

Nada mais ver-se, o bom senhor, que é um conquistador, dizer à estupenda senhora, que é monógama, enquanto se veste:

- Chama-me Nico.

O presidente da doce França, vive também um momento doce e não há direito que lhe amarguem a vida.

Há só dois meses que se divorciou da sua esposa Cecilia, a qual também dava gosto ver e se sobrepôs de maneira admirável, seguindo o conselho de Lope de Veja, que deixou escrito, que para esquecer uma mulher, o melhor é "apostar noutra".

Por que é que mais de 10 % dos franceses reprova, que a feliz parelha, esteja a dar uma volta pelo Egipto?

O descanso do trabalho, faz parte do trabalho.

Certo é que os "experts" em desgastes, asseguram que a sua popularidade desceu.

Querem, tanto os que votaram, como os que não votaram, que esteja mais tempo na cadeira do que na cama.

Indubitavelmente, há nesta atitude uma percentagem maior de inveja que de puritanismo.

Não é que os seus críticos lhe exijam exemplaridade, irrita-os não poder dar um mau exemplo semelhante.

Carla Bruni é rica, famosa e livre, além de ser uma mulher bela e boa, ou boa e bela.

A história do seu coração é plural e talvez quando morrer, dentro de muitíssimos anos, algum malvado escreva na sua tumba um epitáfio que diga que é a primeira vez que jaz de pernas juntas.

Que lhe importa o desgaste e a baixa de popularidade do presidente?

Devem-no preocupar outras coisas.

Também há votantes que lhe gabam o gosto e desejariam ardentemente que esse gosto fosse seu.


sábado, 22 de dezembro de 2007

- A arte é a ciência da beleza, assim como a matemática é a arte da exactidão ! (Oscar Wilde, escritor irlandês, 1854-1900)

BOAS COMIDAS !!!





É uma sábia recomendação a que nos induz a não brincar com as coisas de comer. Já o propunham com desigual êxito as nossas mães, que geralmente não eram tão ricas como os seus filhos.

Agora, dada a anual confusão entre teologia e gastronomia, os alimentos terrestres subiram de preço, alguns mais de 30 %.

Salve-se o que pode e faça a digestão de comer umas percebas, para demonstrar, não só a sua capacidade estomacal, como também a sua capacidade aquisitiva.

A verdade é que mais do que uma digestão, é uma demonstração.

Qual a maneira melhor de demonstrar o gozo que nos produz a chegada do Menino Jesus ao mundo, que ter na mesa um peru do tamanho de um bebé corrente?

Há que reconhecer que da maneira que caminhamos, somos a última geração que come.

As seguintes, limitar-se-ão a ingerir.

Teremos é de ensaiar uma certa contenção, que não é o mesmo de uma certa austeridade.

O ideal seria um decente equilíbrio: que não falte a vontade de comer e que não sobre bolo rei.

Talvez só aqueles, inventados e cozinhados pelos dentistas, que sempre arrasam com alguns molares.

Não se sabe se noutros tempos, sem dúvida piores, terá havido comida para todos, mas sabe-se que sempre houve para os mesmos.

Daqui em diante vão mudar as coisas, não só porque somos mais esfomeados, mas também porque democratizaram os gostos.

Os lagostins acabarão por vender-se em joalharias, ao lado de algumas pedras preciosas e de outras, que sem serem preciosas, são muito bonitas.

Portugal, que nunca soube o que pesca, tem direito a não sei quantos por cento mais de capturas de pescada, mas vai reduzir a quota de tamboril, (isto inventei eu!).

Coincide com esta norma, a autorização da EU para a comercialização de animais clónicos para a alimentação humana.

Oxalá não se equivoquem os que se queiram aproveitar.

São os penúltimos.

Bom apetite!


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

- A verdade é sempre um argumento mais forte ! (Sófocles, poeta trágico grego, 495-406 a.C.)

EU SOU UM CRÁPULA, MAS O DR. PORTAS É UMA PESSOA SÉRIA !!!






A transparência, oh deuses, a transparência, não terá sido bem assim que clamou ou suspirou, Juan Ramón Jiménez, (23 de Dezembro de 1881/29 de Maio de 1858, Prémio Nobel da literatura espanhola em 1956), imediatamente depois de pedir que dessem oportunidade de enunciar o nome exacto das coisas.

Agora a Transparência Internacional, elaborou um estudo, (?), que demonstra que os cidadãos portugueses, percebem mais de corrupção, desde os últimos governos.

Não sei se estou a ser inventivo, mas parece-me que li que 54 % tem a opinião que será pior no futuro.

Ainda que o pessimismo seja uma malformação do nervo óptico que nos faz ver as coisas como elas são.

O outro, que roçou o cu pelas cadeiras do poder, até nem cumpriu um mandato, usurpou os espaços ou prateleiras, armários e sei lá que mais, de todos nós, para guardar as "merdas" do partido.

ISTO DIZ O ALDRABÃOZECO !!!

Depois, talvez com a consciência pesada, no lugar de pegar no que era do partido, mandou fotocopiar ou digitalizar mais de 60.000 documentos, (segundo o Portas são tudo coisas que ele foi escrevendo, o que dá 24 páginas por dia!!! é obra!!! O homem nem dormia, comia ou cagava!
Que grande escritor Senão façam contas: 60000 : 600 = 100 livros de 600 páginas, não estão ao alcance de qualquer pulha, quer dizer, trafulha, não escrevinhador !!!

Dá que pensar, mais a mais sendo relacionados com matéria secreta ou confidencial.

Alguém o apelidou de LADRÃO ???

Alguém mandou investigar o que um ladrãozeco, tipo carteirista, fez no governo e desgovernou posteriormente ???

A ASAE não poderá investigar se estão bem arrumados, controlados e protegidos os documentos roubados?

É claro que não.

Os aleijados mentais que nos têm governado, amparam-se uns aos outros.

Por isso, o barómetro Global da Corrupção assinala que os líderes dos partidos e os próprios partidos, encabeçam o "ranking" da desconfiança.

Há calúnias verdadeiras já que a gente continua a ter a horrível mania de dizer coisas completamente certas quando as respostas não podem ir buscar senão confusão.

Momentaneamente foi-lhes concedida a transparência e o nome exacto de muitos contemporâneos, que não são mais que os LADRÕES.

Como seria Portugal se não houvesse tanta gente com inclinação e possibilidade de levar o que não é seu ???

"Deus mo ponha onde haja e que em minha conta caia", diz mais ou menos um velho refrão, o que prova que este hábito tem estado vigente em todas as épocas e o único que varia é a impunidade.

Desde que os fenícios inventaram a moeda que apareceram pessoas que dão qualquer quantidade de dinheiro, desde que recebam um pouco mais.

Nada nem ninguém pode provar em que festividades ou circunstâncias se inventou o suborno, mas parece-me que vive entre tempos
não gloriosos.

Os sectores sociais que mais padecem com eles, são as classes médias e os mais desprotegidos.

Nada é estranho pois já sabemos que o seu destino é dar um bom exemplo.


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

- O único prazer verdadeiro é o da actividade criadora ! (Tolstoi, escritor russo, 1828-1910)

SOMOS MAIS ou MENOS ? OU SOMOS OS MESMOS ?





Nós os de então, quero dizer os do ano passado, seguimos sendo os mesmos.

Em Portugal estancou-se o crescimento da população, apesar de que os caminhos necessários para trazer ao mundo novos compatriotas continuem a ser prazenteiros.

O caso é que são mais numerosas as famílias que não têm filhos, que as chamadas famílias numerosas.

Os sociólogos dizem que isto ocorre porque existe uma relação directa entre a míngua de habitantes e o crescimento do egoísmo.

Geralmente, resistimos a hospedar em nossa casa pequenos desconhecidos.

Não é certo que todo ele que chega, traga um pão Bimbo debaixo do braço, mais a mais, existem outros factores que influem muito sobre a hospitalidade, como a superfície das casas.

Nas novas habitações que se fazem actualmente, para quem poder adquiri-las, se entra alguém tem que sair alguém que estava dentro.

Não sei porque se considera um dado desfavorável a travagem do aumento da população.

Ainda que todos sejamos únicos, a verdade é que há muita gente repetida.

Chega-se a pensar, quando se dá uma volta pela Índia ou pela China, que o inimigo de cada um é o número.

Não porque o inferno sejam os outros, já que isso é uma questão privada, mas sim porque por este caminhar não vai haver sítio para todos.

O bom clérigo, Thomas Robert Malthus (*), que além do mais era economista, viu-o claramente.

Teve que ocultar o seu ensaio sobre a população, (Essay on Population), porque o quiseram correr à bofetada.

O homem, que teve influencia em Darwin, pensou que se o absurdo planeta Terra tinha limites, também tinha que existi-lo para os seus habitantes.

Agora em Portugal somos, 10 599 095.

Alguns terão morrido e outros terão nascido enquanto lês estas linhas.

Os arautos do costume, imputam ao governo falhas no controlo das clínicas abortivas.

Mas eu, que fui partidário do SIM ao aborto, lamento não ter sido consultado sobre a interrupção das gravidezes das mães de alguns governantes.


(*)
Thomas Robert Malthus - economista, inglês do século XVIII, (Dorking, 14 de Febreiro de 1766 - Bath, 23 de Dezembro de 1834), criou a teoria malthusiana que faz uma análise profunda a respeito da explosão demográfica do Planeta Thomas Malthus ficou conhecido sobretudo pela teoria segundo a qual o crescimento da população tende sempre a superar a produção de alimentos, o que torna necessário o controle da natalidade.
Na sua obra, Essay on Population (Ensaio sobre a população), afirma que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética.
A solução para evitar epidemias, guerras e outras catástrofes provocadas pelo excesso de população, consistiria, segundo ele, na restrição dos programas assistenciais públicos de caracter caritativo e na abstinência sexual dos membros das camadas menos favorecidas da sociedade.
Malthus era um pessimista que considerava a pobreza como um destino ao qual o homem não podia fugir.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

- Um minuto de felicidade vale mais que mil anos de glória ! (Voltaire, filósofo e ensaísta francês, 1694-1778)

CONTAS ANTIGAS





Os jovens são como esponjas.

Por isso cada vez há mais bandas jovens.

Em todos os locais estão a tomar-se precauções para combater estes fenómenos de precocidade delitiva, mas pelos vistos, já deviam ter sido tomadas antes.

A última vítima por agora, que se registou, foi em Palma de Maiorca, onde carregaram sobre um jovem equatoriano, que denunciou os seus agressores com antecedência, já que depois de receber quatro facadas no peito, não estava na disposição de fazê-lo.

O rapaz de 16 anos, procurava trabalho, procurou confusão com uma pandilha de jovens procedente doutros locais.

Os emigrantes esquecem com frequência que a miséria é uma nacionalidade e agrupam-se segundo os seus países de procedência.

Que contas tinham de ajustar estes putos de 15 anos?

Já sabemos que a idade não faz o tempo, mas parece ser perto para a acumulação de agravos.

A adolescência é uma época muito perigosa, mas por que irá ser essa idade uma excepção?

Um menor serve para matar e para morrer.

Também para trabalhar.

Há criaturas exploradas que fazem inacabáveis jornadas laborais numa mina: incitam os jovens-soldados que só se dedicam a apertar o gatilho e em vez de trabalhar debaixo da terra, ocupam-se para que seja ela que hospede prematuramente, outras pessoas.

O conceito de idade varia muito desde finais do século passado.

Não chamemos a isso "a noite dos tempos", onde estava tudo muito obscuro.

Mas o grande impulso dos calendários, produziu-se recentemente.

Os velhos resistem a ser anciãos e as crianças não esperam para ser jovens.

Vejam a idade em que o Imperador Carlos I, se retira para Yuste, aos 57 anos, segundo reza a história, acreditando que já não servia para nada (*).

Gary Cooper dispôs-se a fazer "Só ante o perigo", para acabar com aqueles vingativos foragidos e casar-se com Grace Kelly, que todavia não conhecia Rainiero, (príncipe do Mónaco que se casou com ela em 1956).


(*)
Carlos I, esteve exilado na Alemanha cerca de dois anos, mas regressa a Espanha para apaziguar, as comunidades rebeldes, depois de se ter retirado para um mosteiro. Voltou para França. Teve que regressar e só a sua presença aplacou os revoltosos. Meteu-se em nova aventura com uma expedição à Argélia, onde uma tempestade afundou a maioria das galeras, forçando-o a regressar. Novo conflito na Alemanha com os protestantes locais. Derrota-os na batalha de Muhlber, (1547). No entanto os, (amigos), alemães aliam-se aos franceses e conquistam diversas cidades imperiais, como Metz, Toul e Verdun, ao mesmo tempo que os turcos assaltam e tomam Tripoli. É atraiçoado pela sua confiança em Mauricio de Sajonia, que ataca Innsbruck, fugindo através das neves dos Alpes, para Itália. Apercebendo-se da feira de vaidades e interesses, que pululam à sua volta, ao 57 anos, abdica do trono e isola-se em Yuste, (Cáceres).


domingo, 16 de dezembro de 2007

- A vaidade pode ser um bom estímulo. O dinheiro também. Mas nunca podemos confundi-los como objectivos ! (xistosa)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Sabes quem monitoriza e zela pela internet ?



Esta nova ferramenta, do conhecimento fácil e rápido, hoje é utilizada por todos, mas não sabemos como a rede funciona, quem a mantém e organiza, além de monitorizá-la.

A Icann é uma corporação internacional não comercial de interesse público ou confidencial que possui a função de manter a segurança operacional da internet bem como a sua honestidade e imparcialidade (da rede).

Foi criada em 18 de Setembro de 1998, na cidade de Marina Del Rey, Califórnia - EUA, para controlar o direito dos domínios registados e os endereços de IP.

Também é responsável pela representação de comunidades globais e pela competição clara das mesmas.

É responsável pelo DNS, ou seja, domínio dos nomes do sistema que foi criado para facilitar o acesso à internet como substituição dos endereços de protocolo de cada site.

Desta forma, facilita a memorização do endereço de um site que em princípio seria uma sequência numérica e hoje é um endereço, como: www.nadirzenite.blogspot.com

É da responsabilidade dos governos e organizações internacionais que em parceria sustentam e monitorizam a internet global assegurar a veracidade dos sites ali contidos.

Consegue atender a crescente procura da rede adaptando-se com novas tecnologias e mudanças.

Para tornar a internet um instrumento de fácil acesso e viável, a Icann confirmou a competição de registos genéricos para reduzir os custos da internet em 80% menos.

Também coordenou guias de linhas que distribuem nomes de domínios para as mais diversas línguas existentes no mundo.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

- O homem é mortal pelos seus temores e imortal pelos seus desejos ! (Pitágoras)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

SEMPRE A ROLAR !!!

Apreciem estas pequenas "maravilhas" dos inconscientes que por aí pululam !!!





Os acidentes de tráfico cobraram e não porque se lhe devesse alguma coisa, mais uma data de vidas, na extensível e concludente Constituição.

Parece-me que é de festejar porque há menos uma ou duas mortes, (isto digo eu, porque ainda não chegámos ao fim do ano e não há números, só os colocados nas campas frias), dos que se registaram o ano passado, quando houve menos dias de trabalho, ou por outro lado, onde houve dias mais festivos, ou melhor ainda mais festivos dias.

Quem não se conforma é porque não quer, ou melhor porque quer demonstrar quanta razão têm os que insistem em contradizer o Nobel Saramago e se negam a admitir que o ser humano é "um animal inconsolável".

Aos mortos é aproximadamente igual que o poente se chame de Constituição, ou da Imaculada, já que não podemos chamar-lhes os poentes da Imaculada Constituição.

O que é importante é a estatística e nessas ou nesta data, produziram-se milhares de acidentes, feridos, estropiados, mortos e outros e o novo código penal, da estrada, em matéria de segurança rodoviária, que contempla penas de prisão para os condutores que ultrapassem, não em linha recta e locais de alta visibilidade, mas dos limites individualmente imprecisos, mas que têm de ser fixados colectivamente: a velocidade, o álcool e as drogas.

Não deixa de ser uma coisa curiosa que se vendam agora, menos carros, mas nas estradas e nas ruas haja mais automóveis do que nunca.

Um observador superficial poderia deduzir que circulam mais velhos trastes que noutras épocas, nas que muitos portugueses acreditavam ser ricos e que trocávamos de veículo quando nos dava na real gana.

Os tempos mudaram, mas o pior é que o fizeram em pouco tempo.

Parece-me que se dispõem a variar mais. Descobriu-se que os bio carburantes só reduzem em 3% o CO2, ás custas de duplicar ou quase, o preço dos cereais.

Pela primeira vez na história humana se contrapõe o etanol e o biodiesel ao trigo, à cevada e ao milho.

Talvez tenhamos que reformular os conceitos da civilização e da cultura, mas enquanto isso: estrada e cobertor.

- Escolhe cedo um ideal que possa perdurar por toda a tua vida ! (Diderot, escritor francês, 1713/1784)

PROTESTAI ! ! !





A nenhum bêbado lhe ocorreria arrancar vinhas, que é um trabalho tão fastidioso como plantá-las, mas alguém quer terminar com muitas vinhas, antes que termine o ano.

A presidência de serviço da EU tem muito interesse em fechar as negociações das reformas agrícolas da PAC.

Portugal, destila perto de oito milhões de hectolitros - louvados sejam os deuses - e uns senhores muito sérios, provavelmente abstémios empedernidos, querem colocar portas nos campos e limites à misericórdia divina.

Protesta violentamente Omar Khayyam, que viveu há quase nove séculos, mas muitos de nós podem ouvi-lo com toda a nitidez.

Ser um grande partidário do líquido taxado e "conversar de vez enquanto uma garrafa" com a maioria dos seus contemporâneos, especialmente se o vinho era da cor do rubi, não lhe faço perder tempo: Omar não foi só um grande poeta, que é o máximo que se pode ser, além dum matemático, um astrónomo e um médico e até filósofo.

Construiu fortificações e escreveu tratados de álgebra.

Não creio que haja em Bruxelas nenhum atarefado executivo que se possa comparar a ele.

Por isso deveriam ouvir as suas queixas.

Agora mesmo, está a lançar um grito nos céus de Portugal, sobre as monásticas fileiras verdes das vides.

Isso de comandar as produções dos países europeus pode ser que seja bem pensado, mas também pode conseguir que todos pensemos o mesmo.

Conspira não só contra a felicidade, como contra a diversidade, que é a grande musa do mundo.

Mais a mais, faz falta ter muito más uvas para se dedicar a arrancar vinhas.

Seria preferível que quem quiser reduzi-las, empregue o seu valioso tempo a arrancar cebolinho.

A vida suporta-se " tão débil e curta", por umas quantas coisas compartilháveis.

Já virá num tempo, quando não tenhamos sede.


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

- A beleza é um reino muito pequeno ! (Sócrates)

PEDIR

Rembrant - a volta do filho pródigo




Sempre esteve na moda pedir dinheiro, mas agora o que mais se ouve é pedir perdão.

Curiosamente é mais fácil perdoar agravos que encerrar contas pendentes.

Entendido o perdão como o esquecimento da ofensa recebida, é sem dúvida melhor que a vingança, ainda que essa forma de Alzheimer, possa conter uma dose de crueldade mascarada de desprezo.

Outorgar o nosso perdão a alguém, transforma-nos em superiores relativamente aos perdoados e liberta-nos rancores.

Agora a moda está em pedir perdão.

Já me referi aos pedidos de perdão do papa, não papá, mas sem assento.

Simplesmente papa!

Incluindo o juiz, Gómez Bermúdez (*), em nome da sua mulher, que escreveu um livro ao mesmo tempo que plantava uma árvore da discórdia entre os juízes, promotores públicos e as vítimas.

"Você desculpe", dizemo-lo a muita gente e muitas vezes ao longo do dia.

É uma palavra-frase malbaratada ou esbanjada pelo uso.

O mesmo empregamos para alguém a quem pisámos sem querer, quer na rua quer no autocarro, ou a alguém que vamos a pisar durante um largo tempo.

O mais espectacular das últimas petições, foi o dos bispos.

O presidente do Episcopado Espanhol, ao mesmo tempo que fez sensatas considerações sobre a Lei da Memória Histórica, que não deve reabrir feridas, nem alimentar desavenças, implorou perdão pelas "actuações concretas da Igreja, na Guerra Civil".

É uma lástima que não mencione concretamente quais foram essas concretas afirmações.

Serem mais explícitos é algo que aos monsenhores não só lhes é proibido pelo seu cargo, como pelo seu horóscopo.

Pedem perdão porque o Vaticano concedeu-lhes a sua mais alta condecoração – a Ordem de Cristo – ao triunfador da guerra?

Por levá-lo debaixo dum toldo bordado a ouro e tinto da cor do sangue, quando entrava nas igrejas?

Tenho uma forte ligação a Espanha, onde possuo família, há muitos, muitos anos.

Lembro-me, era pequeno, teria oito anos, quando soube que alguém próximo tinha morrido na voragem duma guerra civil que acabara há uns anos.

Nem oito, nem oitenta, mas espero ser incluído no perdão que suplicam alguns deles que têm mais cara que costas.

E o é pior, é que têm mais cara que Cruz.

(*)
O presidente do Conselho Geral do Poder Judicial, CGPJ, espanhol, mandou instaurar um inquérito, sobre o livro da jornalista, Elisa Beni, casada com o juiz, Gómez Bermúdez, que foi o juiz encarregue do julgamento dos implicados nos atentados de 11-M, (11 de Março de 2004).
O próprio Gómez Bermúdez, tinha pedido a abertura desse inquérito, para poder provar que nada tem a ver, quer disciplinar, quer estatutariamente com o caso.
O livro relaciona-se sobre com o processo judicial dos atentados 11-M e recebeu críticas profundas de todos os quadrantes, quer da vida judicial, quer políticos e até amigos do juiz, bem como da família de algumas das vítimas dos atentados.
A Comissão de Comunicação do Conselho, vai analisar o conteúdo do livro e a actuação da autora, Elisa Beni, que também pertence ao CGPJ, já que é a directora de Comunicação do Tribunal Superior de Justiça de Madrid.
Ambos, marido e mulher, já tinham publicado o livro, "Levantando el velo. Manual de periodismo" (Levantando o véu. Manuel do jornalismo)


segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

- A ira queima o entendimento ! (Chilon, um dos sete sábios gregos, 560 a.C.)

IRRESPONSÁVEIS ? SOMOS TODOS !!!

Imagem que poderá ter direitos de autor




Rio de merda, igual aos que correm de Norte a Sul deste país de merda e governado ao longo dos anos por políticos de MERDA !!!


O biólogo Edward Wilson, conhecido como o Pai da Biodiversidade, por dedicar os seus cuidados à Mãe Natureza, mostra-se pessimista acerca do futuro do planeta.

Tem a certeza de que o ser humano se continuar a ser o mesmo que até agora, virá um cataclismo, que no seu pensamento será o último.

Os cinco anteriores deveram-se à violência cósmica, mas o que nos espera, ganhámo-lo a pulso.

O sábio calcula que, se nos continuarmos a portar assim, metade da flora e da fauna podem extinguir-se, antes de acabar o século.

Quase todos os dias oiço falarem do mesmo.

Na minha idade, não o lamento, pois ainda me restará a outra metade da fauna e da flora, só lamento a ruína da casa onde tenho vivido.

É verdade que estão a ocorrer coisas excepcionais, mas também há quem acredite que se passaram em todas as épocas, sem excepção.

Os seu filhos, uns mais que outros, sempre encontraram motivos para borrifar-se na citada Mãe Natureza, mas agora é a ONU que adverte de que ignorar as mudanças climáticas é uma "irresponsabilidade criminosa".

Que mundo vamos deixar aos nossos descendentes?

Enquanto andamos nos ramos da nossa árvore genealógica isto vai transformar-se num local inabitável, sem flores para a jarra da avó e sem lebres para o arroz.

Estamos a carregar o invento, que muitos atribuem ao Sumo Fazedor, que o fez numa semana e, apesar de ser infinitamente poderoso, (dizem), teve que descansar no domingo, ao experimentar um certo cansaço.

Sem dúvida que somos todos uns irresponsáveis, não só quem nos governa.

O mundo é um lenço e nós temo-lo atado aos olhos, para não ver o que cai por cima.

Estamos a jogar à cabra cega, depois de termos feito com as suas caganitas de ouro, caldos concentrados.

Pão para hoje e fome para amanhã, mas amanhã foi ontem

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

- Educação é aquilo que nos resta quando se esquece tudo o que se aprendeu na escola ! (Albert Einstein)

BRINQUEDOS : O FIM DE UM MITO

AS "BARBIES"







Os chineses enganam-nos, como os portugueses.

Nos seus repletos e variadíssimos bazares, pode-se adquirir desde um apara lápis a um biombo chinês.

Há de tudo a um preço credível se temos em conta o que cobram os obreiros que põem mãos à obra.

A multinacional "Mattel" retirou mais de meio milhão de brinquedos, quer do mercado português quer do espanhol, por serem considerados perigosos.

Alguns podem ocasionar asfixia ou lesões auditivas e outros conformam-se em dar choques de diversa intensidade, mas todos são baratissimos.

Por este preço, não podemos pedir uma queimadura do segundo grau ou uma lesão ocular.

Em virtude das medidas tardiamente adoptadas contra os brinquedos de potencial perigoso, já se suicidaram dois fabricantes: o que fabricava o automóvel "Sarge" e o criador de "Dora a exploradora".

Quando eu era pequeno, a maioria dos brinquedos faziam sangue, mas estavam quietos.

Ainda não se recobriam com pinturas tóxicas e como era num tempo de carestia total, também careciam de ímanes para levar à boca.

Os motoristas dos camiões de madeira estavam sempre de perfil, olhavamo-los por onde se olhavam os soldadinhos de chumbo sem envernizar e não queríamos saber se eram fabricados com balas perdidas.

Lá vinha uma época, quando o Menino Jesus já era adulto, em que os pedagogos recomendavam que nos entretessemos com objectos naturais, para os ir apreciando e para exercitar a imaginação, contemplando um pedregulho e imaginando que é outra coisa qualquer.

A miudagem zangava-se como bobos, mas não de pedra.

O pior é a retirada da "Barbie", a boneca com mamas.

Foi afectada pelo perigo amarelo de que tanto se tem vindo a falar.

Foi substituída por bonecas de olhos boquiabertos, mas é necessário proteger os miúdos.

Com as coisas de brincar, não se brinca!


terça-feira, 4 de dezembro de 2007

- Não ofereça ao seu "deus" apenas a dor das suas penitências, ofereça-lhe também as suas alegrias !

O URSO DO MAOMÉ




A ignorância da lei não exime o seu cumprimento, o que verdadeiramente é um privilégio é conhecê-la e não cumpri-la.

Tenho mouros conhecidos que se põem morados como o presunto e distinguem-se na sua qualidade pela esbelteza da canela.

Há que aprofundar muito para desconfiar a categoria do justamente chamado "o melhor amigo do homem" para saber, observando o seu aspecto, se vai ser digno da nossa intimidade.

Aduzo este testemunho para ilustrar a diferença que existe entre fanáticos, já que não só há mouros e cristãos, senão mouros e mouros.

A maestrina britânica, Gillian Gibbson, teve que ser trasladada duma prisão sudanesa para um local secreto, acusada de infiel.

Queriam linchá-la, apedrejá-la ou esquartejá-la, segundo a modalidade preferida pelos seus verdugos.

O delito que se atribui a esta, penso eu, boa senhora, até agora totalmente ignorada pelo mundo, é ter baptizado com o nome de Maomé um urso de peluche, sua propriedade.

Diz-se que um fanático é um tipo que não pode mudar de assunto.

A lei islâmica imposta pelo presidente Omar al Bashir proíbe todas as imagens do profeta.

Nessas culturas o "marketing" pratica-se com obsessão.

Uma palavra vale mais que mil imagens.

Qualquer pessoa civilizada sabe que Maomé é uma figura na história da humanidade.

Respeitá-la, incluso admirá-la, devia ser compatível com não exigir a aniquilação de quem se permitiu a uma inocente brincadeira com o seu nome.

Eu tratei muito dum cão chamado "shane", duns amigos meus.

Um pastor alemão de excelente carácter que não era de carinhoso peluche, mas sim de carne, músculo e osso.

Talvez tivesse razão Rudyard Kipling, quando augurou que o Ocidente e o Oriente, nunca se entenderiam.

O fanatismo não é só a religião que teriam as feras, senão a que tem mais paroquianos.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

- As coisas boas necessitam de tempo !

A MAIORIA


A história ainda só contempla os MORTOS !!!


Para os vivos, pegue num martelo e pregos de "meia galeota" e vá cruxificando os que ficarão para a história da mendicidade.

Caminhamos para um povo tipo ... romeno ...







Não sei se li, se ouvi, se constatei como uma inexorável realidade, que mais de 60 % dos portugueses considera os políticos corruptos.

Não é que estejam enganados, (falo por mim, pois mais de 98 % de mim próprio, do meu corpo, acredita piamente que é mesmo verdade), senão, que não parem à borda da estrada a pensar que essa cifra induz a erros de generalização.

O que ocorre é que os desavergonhados são mais visíveis, mas há muitas pessoas abnegadas e decentes, menos notórias, submergidas nesses fétidos pântanos e obrigada a fazer "submarinismo" nessas latrinas, que são dignas do nosso respeito, inclusive da nossa gratidão.

Medir pela mesma bitola a quem se dedica a altas tarefas de arbitrar a conveniência e os desavergonhados que só pretendem viver melhor, é radicalmente injusto

Nisto não vale a globalização.

Mirabeau era um político e também um vereador do urbanismo, desses que em tantas e tantas (daí a minha percentagem logo no início) povoações, que só pretendem mudar de nível de vida e trocar de mulher, mas que em nenhum caso são equiparáveis.

No entanto há classes e a estes segundos, nota-se a sua falta de classe.

Pelo que fazem, são bem conhecidos.

Também a imprensa está mal considerada no que chamamos a opinião pública, pois nesta profissão também há bastante diversidade.

Se Mariano José Larra (*) estivesse vivo, era altamente improvável que participasse nestes programas (?) das nossas televisões, que fazem a elegia da futilidade.

Etimologicamente a palavra prestígio vem de engano.

Tem a mesma raiz que presdigitador.

Há que pensar que são prestimoniados pela política que realizam mal, nos seus jogos e por isso caíram no desprestigio popular, que as sondagens sempre acompanham.

Mas devemos ter em conta que nem todos os inquiridos acertam sempre.

(Veja-se os casos de Barrabás, Hitler ou Salazar).

Por outro lado, pelo que também se chega ao mesmo sítio, acreditar que mais de 60 % dos nossos políticos são corruptos, supõe também, que à volta de 40 % não o são.

Uma percentagem bastante confortável.

(*)
Mariano José Larra, (24/03/1809-13/02/1837) escritor e jornalista espanhol, representante do Romantismo.


- Usa a tua obra para mostrares a ti mesmo quem és ! (xistosa)

LUZ ou OBSCURIDADE




O pior da tristeza, que é como uma cereja de asas negras segundo os poetas, é que é contagiosa.

As coisas vão mal, por uma razão evidente: porque nos dizem que ainda vão piorar.

Os preços, que têm boa pontaria, dispararam, mesmo que o governo nos argumente com números, fabricados na sua oficina, ou importados da China e manipulados cá, o que encarece brutalmente o produto.

Os desvios, para um leigo como eu, não sei se da inflação, da inflexão, da influenciação, do infrene despesismo, do infrutuoso pensar e agir que pode conduzir à infusura, têm sempre falta dum culpado.

Achamo-lo no petróleo, que tudo alumia, menos alguns que já deviam estar iluminados para nos governar.

Pois o petróleo é o culpado maior da subida dos preços dos alimentos de primeira necessidade, sem considerar os de segunda, que também são básicos.

Por que são mais imprescindíveis as lentilhas que a genebra, (Gin)?

Não conheci na minha longa vida ninguém que tenha vendido a progenitura, por uma garrafa de genebra, (Gin), Larios, Gordon's, Bacardi ou Eristoff.

Há coisas desnecessárias das que já não nos podemos privar e os tétricos augúrios da economia nacional vaticinam-nos que para os comer e beber, vamos ter que desembolsar mais uma boa percentagem.

O que não é pouco.

Tudo seria suportável se além de baixar a Euribor, não crescesse o medo de que o BCE, suba os juros.

Temos vindo a despedirmo-nos duma boa vida e a solução não é uma despedida à francesa, no estilo de Sarkozy, que pediu aos franceses que trabalhem mais para ganhar mais.

Assim qualquer um …

Não tem nenhum mérito levantar um peso fazendo força.

O difícil é ordenhar as vacas fracas e comer torrão de Alicante com dentadura postiça.

Não devemos afrontar as datas natalícias, que gostamos mais que os miúdos e os que têm miúdos afundados na obscuridade, mas há alguns conscientes partidos políticos que governam autarquias, propõem-se reduzir, além dos gastos, as iluminações das cidades.

É claro que é um esbanjamento, mas há que ter muito pouca luz para juntar tristeza a uma situação onde a alegria obrigatória irá ver-se diminuída pela escuridão dos bolsos.

sábado, 1 de dezembro de 2007

- Há sempre um pouco de loucura no amor, porém há sempre um pouco de razão na loucura ! (Nietzshe, filósofo alemão, séc. XIX)

PEDAGOGIA TUMULTUOSA





Ainda que todos o não saibam, circunstância que assim lhes evita a pedantaria, os professores da "Primária" são uns heróis.

Aceita-se que a letra, com parentesco, entra, mas só é certo no caso de nos referimos à sua.

Muitos da primária ou Ciclo e Secundário, não têm mais remédio do que confessar que a educação piorou nos últimos anos.

Ao menos o desabafo reflecte a opinião deles: se se inquirissem outras pessoas, talvez houvesse um resultado bem pior.

Quem é que sabe melhor que os seus progenitores o péssimo ensino que recebem essas pobres criaturas?

Preparam-nos para serem os desempregados de amanhã, uns desempregados com bom apetite, que anseiam ter a idade suficiente para participarem nas "bebedeiras", uma vez adquirido o uso da rolha, ainda que seja de plástico.

É arrepiante inteirarmo-nos de alguns dados e por isso é melhor desconhecê-los.

Há inúmeros professores atemorizados pelos seus alunos e alunas.

De repente aparecerão cartazes de "ensino mas seguro".

Também há docentes que perdem os nervos, depois de terem perdido a ilusão.

Se os professores são pessimistas não podemos aspirar a alunos eufóricos.

Noutras épocas, das que não podemos ter nostalgia, sem qualquer dúvida, ao menos respeitava-se a ortografia.

Agora há alunos do secundário e não só, especializados em golpear cruelmente o dicionário – o que se chama, vulgarmente, dar patadas no palavreado – e considera-se a intimidação, uma forma de solidariedade.

Da sua dignidade, o professor, (o que eu sofri com aqueles enlutados dominadores), passou-a ao colega.

"O miúdo bem educado não cuspirá na terrina da sopa", aconselhavam-nos.

Sem dúvida que era uma excelente norma de conduta.

Agora insinua-se que não ficará muito bem cuspir os professores na cara.

Nada mais porque se, se os repreende, podem vir os seus pais a pedir explicações.