domingo, 20 de abril de 2008
Está claro que vêm tempos de crise, mas está menos claro como poderemos superá-los.
Os nossos governantes, dão-nos esperança de esperarmos de mãos vazias.
Ninguém parece tomar medidas. Os alfaiates escasseiam.
Também aqui ao lado, em Espanha, esperam por uma solução de imigrantes.
Dizem que a solução de dois milhões de emigrantes, poderia ser mesmo a solução.
De momento, os "experts" consideram que pode ser uma solução.
Assim surgirão muitos postos de trabalho, na hotelaria, serviços domésticos e atenção ás pessoas dependentes, que agora só dependem de si mesmas.
É engraçado que os espanhóis, ante o medo generalizado de empobrecerem, se dediquem a importar pobres.
Terá que haver uma maior tolerância na burocracia.
Terão que vir de fora para desempenhar os papeis que os nativos se esquivam e seria excessivo pedir-lhes demasiado papeis.
Talvez se trate do famoso e misterioso efeito de chamada, mas há que colocar letreiros nas fronteiras dizendo:
"Vinde e vamos todos solucionar a crise".
Como nesse bar de novíssima instalação onde se pode ler num cartaz onde se faz público sem o mínimo pudor, que urgem os clientes e que se não lhes pede experiência.
De fora virão, não quem lhes encha a casa, mas sim quem lhes salve os móveis.
Depois de converter o estreito num cemitério marinho, reclamam-se novos navegantes pelo largo mar da miséria.
Talvez devessem facilitar-lhes meios de transportes mais cómodos que as "cascas de noz".
Além disso, podem dar uma mão, ou talvez outra parte do organismo, nesse assunto tão grave que é a baixa da taxa de natalidade.
Os espanhóis preocupam-se com tudo.
A sua evolução demográfica é preocupante, ( a nossa é igual ou pior, mas ninguém liga).
O pessoal em geral e talvez porque estão sempre a pensar nos juros à habitação e respectiva hipoteca, não pensa em ampliar a família trazendo um desconhecido para casa.
Os hóspedes, dos espanhóis, por muito necessitados que estejam, podem resolver as primeiras necessidades.
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