

Olhe-se por qualquer dos ângulos, estamos na suspensa revanche daquele terrivel combate que foram as Cruzadas.
O rival de alguém chamado Godofredo, (Godofredo de Bouillon, guerreiro vitorioso da Primeira Cruzada, conquistou a Cidade Santa e estabeleceu o Reino Latino de Jerusalém, do qual foi o primeiro soberano), é um que diz chamar-se bin Laden.
O Oriente e o Ocidente, nunca mais se entenderão, segundo a profecia de Kipling, mas nunca se terão dado tão mal como nos últimos séculos.
A Al Qaeda, está por detrás de Gaza, o Paquistão assegura que os membros da “jhiad” forasteira controlam a mesquita Vermelha, as milícias chiitas do Iraque atacam o governo eleito, mesmo que pouco tenha de legítimo ...
A esperança é que se matem uns aos outros, mas isso não o pode confessar nenhum Alto Estado Maior, já que perderiam a altura.
O terrorismo organizado é um fenómeno do nosso tempo.
Antes, os anarquistas distinguiam-se pelo vulto que fazia a sua bomba debaixo do casacão, do mesmo modo que se distinguiam os exibicionistas, ainda que em vez de casaca, levassem gabardina, mas agora não há maneira de descobrí-los.
Tanto mais que nunca existiu tanta gente disposta a imolar-se .
As listas de espera, de pessoas ansiosas por morrer, matando, estão repletas.
Londres teve a sorte de evitar a explosão de dois carrros-bomba e outro que estava bem estacionado no aeroporto de Glasgow.
Quem tem coragem de fazer turismo, sabendo que pode ser a última coisa que faça na vida?
Aqui ao lado, em Espanha, sobre a ETA, bem, é melhor nem falar, já que parece que falharam as conversações com o governo. (Agora ouve-se num murmúrio, que construíram uma base do lado de cá da fronteira).
O calendário dos atentados só o sabem os terroristas.
Eles dirão qual o último dia que elegeram para ser o último.
Nós ignoramos, por sorte, quando chegam as desgraças.
Assim até temos mais ânimo!
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