quarta-feira, 15 de agosto de 2007

EXAMES:


É curioso, mas sinto-me realizado e animado ...


O exame de alemão de ontem, que não era nada fácil, pois tratava-se dum valente pedaço duma “das Mädchen”, (borracho, cachopa), com um mapa na mão, que queria a rua X.
Ampliei a coisa, ( O MAPA !!! ), num papel que tinha no bolso e dei-lhe todas as indicações, porque um bom português conhece a linguagem gestual, não deixando ficar mal a educação paterna ou materna, ou ambas, porque o dedo indicador é para isso mesmo – indicar - e ela percebeu tudo lindamente, tanto mais que à noite, estava com duas amigas, por sinal da mesma alta qualidade a tomarem chá na esplanada onde me encontrava com a minha mulher.

Alemão, passei mesmo com distinção, apesar de não ter estudado nada.

Mas os exames de hoje foram piores.

- Exame oral de inglês:

Toca-me em sorte uma magricela, bem alta como uma salsicha alemã, mas com muita mais fome no corpo. Queria a rua Y.
Novamente ampliei a coisa, ( UM MAPA !!! ) e consegui manter uma conversação de mãos, palavras e linguarejar, que fiquei com as indicações do seu aldeamento turístico e ela com o Sul quase na ponta da bússula.

- A espanhola sim, era tipo enguia, bem cheia de carnes apetitosas e com longos cabelos negros, que só se podem e devem usar de noite. Queria saber a rua Z.
La consegui ampliar a coisa, ( JÁ DISSE, O MAPA !!! ), e “mantener una conversación con esta hermosa hermana, quizás sea cosa de la casuística o de la magia del orden alfabético pero la verdad es que la hei ayudado mucho”. Depois de me encontrar, “más cercano, por no romper la tradición ... “. No meu coloquial lingual, soube ..., ( o que se consegue saber e descobrir em pleno século XXI ), que estava hospedade no mesmo hotel “de moi” ...
Sorte a dela ou madrasta a minha ...

- O exame de francês ficou para amanhã !

- Exame de japonês:

Era do tipo varinha mágica, com cerca de palmo e meio de altura, talvez um pouco mais, mas idade apropriada para procurar ruas, pois pretendia saber a rua W.
É certo que o japonês é uma língua difícil e os meus parcos conhecimentos não cimentam nada de eloquente, mas ... dediquei uns largos minutos a tentar percebê-la. Depois, ela também não facilitou nada o entendimento, porque não tirou dos ouvidos uns auscultadores que certamente debitavam altos decibeis de qualquer “hogaku” ou “enka” .
Quando reparei que se tinha acabado o papel das ampliações, onde ampliava a coisa, ( O MAPA !!! ), verifiquei que o aparelho acústico tinha, ao nível do peito, por debaixo duma alva t-shirt, dois botões negros, mesmo virados para mim.
No da esquerda, como normalmente sucede no nosso país, com os rádios vindos do oriente, tentei baixar o som e no da direita mudar de canal, rodando-os, para me sintonizar melhor com ela.
Foi quando ela, que por não perceber patavina da minha explicação e da linguagem gestual, se despediu com a mão aberta e espalmada na minha cara e com toda a força.

Ainda podia ter sido pior ...

por isso estou animado ...

Sem comentários: