sexta-feira, 31 de agosto de 2007

- A ilusão, é o mais eficiente e caro dos narcóticos ! Ou será o mais barato ?

O TERROR, sem CALENDÁRIO






Suspeitamos que vamos passar muito mal de um momento para o outro, mas não sabemos qual o momento.

Olhe-se por qualquer dos ângulos, estamos na suspensa revanche daquele terrivel combate que foram as Cruzadas.


O rival de alguém chamado Godofredo, (Godofredo de Bouillon, guerreiro vitorioso da Primeira Cruzada, conquistou a Cidade Santa e estabeleceu o Reino Latino de Jerusalém, do qual foi o primeiro soberano), é um que diz chamar-se bin Laden.


O Oriente e o Ocidente, nunca mais se entenderão, segundo a profecia de Kipling, mas nunca se terão dado tão mal como nos últimos séculos.


A Al Qaeda, está por detrás de Gaza, o Paquistão assegura que os membros da “jhiad” forasteira controlam a mesquita Vermelha, as milícias chiitas do Iraque atacam o governo eleito, mesmo que pouco tenha de legítimo ...


A esperança é que se matem uns aos outros, mas isso não o pode confessar nenhum Alto Estado Maior, já que perderiam a altura.


O terrorismo organizado é um fenómeno do nosso tempo.


Antes, os anarquistas distinguiam-se pelo vulto que fazia a sua bomba debaixo do casacão, do mesmo modo que se distinguiam os exibicionistas, ainda que em vez de casaca, levassem gabardina, mas agora não há maneira de descobrí-los.

Tanto mais que nunca existiu tanta gente disposta a imolar-se .

As listas de espera, de pessoas ansiosas por morrer, matando, estão repletas.

Londres teve a sorte de evitar a explosão de dois carrros-bomba e outro que estava bem estacionado no aeroporto de Glasgow.

Quem tem coragem de fazer turismo, sabendo que pode ser a última coisa que faça na vida?


Aqui ao lado, em Espanha, sobre a ETA, bem, é melhor nem falar, já que parece que falharam as conversações com o governo. (Agora ouve-se num murmúrio, que construíram uma base do lado de cá da fronteira).


O calendário dos atentados só o sabem os terroristas.

Eles dirão qual o último dia que elegeram para ser o último.

Nós ignoramos, por sorte, quando chegam as desgraças.

Assim até temos mais ânimo!


- A auto-estima extrema, revela-se mais ostensivamente na displicência do que na elegância !

SERRALHEIRO ou ANJO ?



Tentei fechar as grades metálicas que protegiam a montra do vídeoclube em que trabalhei este fim de semana e não o conseguia.

Girava e voltava a girar a chave, mas o pivô ou lingueta, não se mexia e não conseguia fechar a grade.


Suava a estopinhas.


Já me imaginava ali, durante horas, quando de repente, no momento em que ligava para o dono do vídeoclube, alguém me tocou no ombro e apontou-me para o bolso da sua camisa ... “Serralheiro”, leio, meio assombrado.


Tentou girar a lingueta, uma ... duas vezes ..., conseguiu-o, (ainda que com algum esforço) e foi-se embora.


Creio que é muita casualidade, aparecer um serralheiro, “que passeava por ali”, áquela hora da noite e me desencravou a fechadura num instante e gratuitamente ...


O caso é que dele, se desprendia uma luz estranha ...

- Os insultos não-intencionais são aqueles que contam mais !

NOSTALGIAS ou RETROACTIVOS !!!





Neste Verão de músicas sintéticas, de músicas latinas passadas pelo “remix” do ritmo dançador, haveria que reivindicar a velha nostalgia cantada, a velha tristeza de uma música nunca prescindível.


É a música da família Coles, o mesmo é dizer de, Nathaniel Adams Coles, ou artisticamente, Nat King Cole, de seu irmão Freddy Cole e da filha do primeiro, Natalie Cole, um trio a meio caminho entre a balada, o êxito comercial e o melhor jazz, para uma noite de Verão.



De Nat King Cole, claro está, o que mais se conhece são as versões de velhos temas latinos.


Por exemplo, “Perfídia”, “Eu vendo uns olhos negros” ou “Ansiedade”, que são canções propaladas no Verão pelos cantores, até para turistas ingleses, em esplanadas de qualquer largo ou praça dum local marítimo e turístico.



Obviamente, já eram canções conhecidas de sobra quando as interpretou Nat King Cole.



Sem dúvida, o velho pianista do Alabana, converteu-as em nostalgias eternas com o seu peculiar sotaque americano e o seu ritmo de bolero pausado.


E mais, Nat King Cole deixou de lado um prestígio no mundo do jazz e de blues que compartia com talentos como Ray Charles e Charles Brown, simplesmente para abraçar um êxito comercial que nos deixou canções de recordação eterna.


Quase o mesmo que o seu irmão Freddy, outro excelente pianista de jazz que agora passeia a sua música pelos festivais europeus, convertido num dos últimos “crooners”.



Um “crooner” que não sonha exactamente como o seu irmão, mas sim, mais como Sinatra, tanto mais que interpretou, com igual qualidade, temas de Nat King Cole, algumas composições de jazz latino ou tropical e até canções dos musicais de Fred Astaire e Bing Crosby.



Finalmente, resta também Natalie Cole, a filha do primeiro, cuja voz é uma mistura das de Billie Hollyday e Nina Simone, isso sim, com o mesmo sotaque ou entoação e a mesma paixão de uma família que sempre parece cantar no Verão, as suas noites de nostalgia.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

- Se não fosse pela matemática, o pensar poderia ser definido como um jogo com significados, com a emoção a interferir constantemente e mudando as regras !

Casas para convidados













Nas antigas casas senhoriais, que eram de senhores com dinheiro e nem sempre com outra acreditação de senhorio, que não fosse o dinheiro, existiam quartos para hóspedes amigos.


As coisas, entretanto mudaram e agora o difícil é ter quartos suficientes para a família.


Os portugueses médios, que são os que vivem partidos ao meio, necessitam, agora, duma média de 30 anos para pagar o seu andar se o compram em duo, já casados, a fórmula mais comum e a que em princípio impede mais separações, pois também a hipoteca é um vínculo sagrado.


Agora os quartos para convidados são as celas das prisões.


A alternativa torpe registada na política de imigração levou-nos a alojar muitas pessoas que não se encontravam contentes nos seus países e que estão a conseguir que, nós os nativos, não nos encontremos bem no nosso.


Não falo de reprováveis atitudes xenófobas, mas sim de dados.


A gélida eloquência das cifras não se rebatem com sorrisos, nem com discursos que misturam, em idênticas proporções, açúcar, com leite condensado.


E os dados são estes, três ou quatro, de cada dez presos, são estrangeiros.


Quem pode dar-lhes de comer, de beber e de dormir ?


Fazem falta muitos ricos, para terem esse dadivoso sentido da hospitalidade.

O número de pensionistas das prisões aumenta a cada ano.


Nenhum hotel pode alardear um êxito semelhante.


Quem não tem nada, tem que procurar algo e geralmente procura-o pelos caminhos ímpios e largos da delinquência.


Está previsto, desde Jorge Manrique, (1440-1479, autor de um dos maiores clássicos da literatura espanhola), isso de que “outros, por nada terem, com trabalhos indevidos, se manterão” Que outra coisa podem fazer?


Nas prisões, come-se todos os dias e na rua é muito duvidosa essa prática .


Os nossos políticos, geralmente, são obtusos e fotogénicos, mas não preveêm o que pode vir ou entrar pelas fronteiras ...



terça-feira, 28 de agosto de 2007

- A mediocridade alimenta-se da repetição, imitação e lisonja !

BEBEDORES PASSIVOS




























É necessário conseguir que ninguém morra prematuramente, embora saibamos que todas as mortes são prematuras.



Mesmo aquele, de Glenn Ford, penúltimo mito de Hollywood, maltratador por exigências do guião, de Rita Hayworth, que era como um incêndio de uma só chama.

O murro de direita que assestou em Gilda, foi o mais célebre do século passado, salvo o que Cassius Klay assestou em Foreman.

Glenn Ford tinha 90 anos, mas o que é isso na história do tempo.


O tempo, que só é uma película de sessão contínua.


Para que será esse nosso empenho de durarmos mais que a nossa biografia?


Estamos no alvorecer da entrada em vigor da lei antitabaco e parece-me que ninguém ainda mexeu uma palheira.


Mas vejamos as coisas pelo seu lado bom.


Existirão cerca de 10.000 estabelecimentos (?) que irão ser abrangidos ?

Talvez não haja nenhum, pois até à data, ou a lei é permissiva ou ninguém lhe ligou.


A chamada guerra do fumo, como todas as guerras, acabará, ganhando-a os fanáticos, ainda que alguns, timidamente, peçam uma moratória, para se adaptarem ou fazerem as obras necessárias.


Assim ressuscita a sinistra figura do denunciante, que nos pode delatar a qualquer momento.


Só iremos poder fumar diante de pessoas de muita e sólida confiança, ou no quarto de banho de nossa casa.


Trata-se de viver sempre, coisa que todo o mundo sabe, se consegue, se não contrairmos um cancro do pulmão ou uma cardiopatia isquémica, como ocorre aos fumadores passivos .


Quando formos derrotados, nós os fumadores activos, começaremos outra batalha: a de proibir, de beber em público.


Ninguém ignora, o mal que faz ao fígado dum abstémio, ver como alguém, que parece estar transitoriamente de boas relações com a vida, pedir o seu segundo Whisky de malte.


Mais a mais, quando é um mentiroso, porque é o terceiro!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

- Os seres humanos são o triunfo da Criação. Só eles têm a capacidade da deliberação, ou seja, a liberdade de tomar decisões erradas !

O PETRÓLEO PORÁ FIM À VIDA NA TERRA ?






Quer queiramos quer não, o petróleo tem e continuará a ter o leme da vida na Terra, dado os interesses já arreigados ao seu consumo e à sua produção.


Uns consomem-no sem o possuir, a maioria.

Outros, tentam refrear a sua extracção para inflaccionarem os preços.


Mas onde há petróleo ?


Os países produtores, esses, todos ouvimos constantemente falar, casaram.


A grande maioria dos maiores produtores, (a minoria, em número), formaram uma grande família, a OPEP, os outros, a grande maioria, em número, mas também a maior minoria em produção, mais “tímidos”, vivem solteiros e sós.


Basicamente o petróleo é extraído nas bacias ou jazidas em terra, ONSHORE, mas se forem no mar, essas bacias ou jazidas, designam-se por OFFSHORE.

As primeiras, em terra, são originariamente bacias sedimentares marinhas, que os longos milénios ajudaram a formar, quando os mares recuaram.

As segundas, no mar, estão situadas na plataforma continental e algumas encontram-se a profundidades consideráveis.


O afã de extrair o vil e espessoso dinheiro negro, levará o planeta à ruína total, se não ao seu desboroamento e extinção.


Cada barril, tem o volume 159 litros, a procura prevista para o ano de 2007, deverá rondar os 86/87 milhões de barris/dia, o equivalente a mais ou menos 14.000.000, (catorze milhões) de metros cúbicos/dia, de ISOLANTE TÉRMICO DO PLANETA.


É mesmo isso e disso que se trata, do isolante térmico do planeta.

Este isolamento, foi formado através do calor originário do núcleo do planeta e da pressão exercida pelos sedimentos sobrepostos sobre camadas orgânicas.

Ao longo do tempo, as moléculas de carbono foram-se reorganizando através da energia recebida do núcleo e dissipada por processos químicos, preservando a crosta, (que representa apenas 1 % da massa do planeta), desta energia.


Não existem dados nenhuns, sobre o volume total de petróleo extraído do planeta, nos últimos cento e dez anos, pelo que será quase impossível, quiçá quimérico, fazer um estudo sobre a quantidade mais ou menos exacta, da energia que entretanto irradiou do núcleo para a crosta do planeta.


A esta energia, teríamos de lhe adicionar a que o petróleo irradiou e que também absorve.


A extracção Offshore, no mar, a grosso modo, consiste em injectar água salgada para o poço ou jazida, onde está o petróleo, para sob pressão este ser expulso e recolhido. (Não é só este método, mas é o mais barato e mais utilizado).


Nesta operação, ás vezes a grandes profundidades, “trocam sempre” um isolante térmico, (petróleo), por um condutor térmico, (água salgada).


O petróleo brota a cerca de 65º e a água salgada é injectada a cerca de 4º.


Como o petróleo absorve a maior parte da energia do núcleo da terra, torna-se fácil deduzir que ao trocar um isolante, por um condutor térmico, estamos a aquecer e muito, as águas marítimas e as respectivas correntes marítimas.


Todos os Oceanos estão interligados pelas correntes marítimas.


Foi descoberto há relativamente poucos dias, o último elo que faltava à cadeia marítima, por cientistas australianos, que há mais de 50 anos o procuravam.


Uma corrente submarina profunda e gigantesca, junto à ilha da Tasmânia, que faz assim o fecho dum percurso do sistema de “comunicações” ou “inter comunicações”, entre todos os oceanos, Índico, Pacífico e Atlântico.


Só era conhecida a que transportava a água do Pacífico para o Índico, a Norte da Austrália.


Sabemos agora que todos os Oceanos e muitos dos grandes mares, estão interligados, como um TGV de alta, média e até baixa velocidade, dependente das zonas e das curvilíneas linhas marítimas do mapa mundi.


Um percurso turístico que subindo pela costa ocidental de África, vai até à Gronelândia, desce pela costa da América até ao Polo Sul, subindo novamente pelo Pacífico, até ao Alasca, descendo entretanto pela costa oriental de África.


Nestas correntes, situam-se países que extraem petróleo a 65º e devolvem água a perto dos 5º, ajudando a aumentar a temperatura das águas do mar.


É o caso, além do Brasil, da costa ocidental de África, e será o caso, digo eu, dum aumento significativo do número de fenómenos meteorológicos violentos no Atlântico Norte e cada vez mais violentos, como o Katrina.


Será talvez o caso de estupefacção, ou não, do aparecimento do primeiro furacão, o Catarina, no Atlântico Sul.


Culpa-se o “efeito estufa” (???), originário da queima dos combustíveis fósseis e não só, mas atente-se no que nos diz a ciência:


“No fim da era glaciária, quando o planeta se “descongelava”, ocorreu um estranho fenómeno.

A Terra voltou a congelar-se.

Isto deveu-se ao facto do degelo dos glaciares do Norte, terem invadido o Atlântico Norte e interrompido o fluxo da corrente profunda.

Como o planeta ainda estava numa fase de descongelação, com a interrupção desta corrente, que origina a entrada da corrente quente do Golfo, subverteram-se todas as ligações que se estavam a iniciar nas correntes e a Terra voltou a congelar.

Nessa época não existiam nuvens e a radiação solar, entrava livremente, mas não o suficiente para aquecer o planeta.

Isto demonstra que a atmosfera não é a principal responsável pelo clima na Terra, mas sim os oceanos.


Será o efeito estufa um logro ?


Nas medições feitas sobre as variações de temperatura na atmosfera, ressalta o facto que vem ampliar a defesa da tese que a extracção de combustíveis fósseis, OFF ou Onshore é o maior causador das alterações climáticas.


A desenfreada extracção, por muitos argumentos que se apresentem, faz aumentar a temperatura da atmosfera de todo o Planeta Terra.


Ela foi, é e será sempre o factor primordial para o desenvolvimento acelerado da nossa auto destruição!


- Mentes medíocres são ávidas por informação, mas alérgicas à elucidação !

CONSELHOS SÁBIOS



O eminente médico, Valenti Fuster, (dirige o Instituto Cardiovascular do Hospital Mount Sinai, de Nova York), que deverá ver, quantos subsistem, para seguir as suas dietas, anunciava uma multi pilúla para doentes coronários.


“O coração e outros frutos amargos”, que dizia o inolvidável, é verdade que é inolvidável, porque o estou a recordar agora, tantos anos depois da sua morte, Ignacio Aldecoa, (poeta).


O ideal para ter um coração resistente, era não ter coração.


A esse pobre músculo macio, absolutamente irresponsável, atribuem-lhe qualidades tectónicas.


De alguém, diz-se que tem um coração forte, ou melhor, como uma casa de hospedes, onde cabe muita gente, ou brando como geleia, de densidade semelhante aos nossos sentimentos mais ou menos abrangentes.


Faz falta ter um grande coração para que no nosso caiba o incontornável estímulo do coração do mundo.


O melhor, para para que continue a funcionar razoavelmente bem, é que nos traga sem quebrar, o que se passa com os outros, mas em qualquer caso propunham-se outras terapêuticas
Para durar mais, que não é sempre o mesmo que viver mais, temos que colocar de parte a chamada “comida lixo” e fazer exercício.


Estávamos previamente convencidos, mas não o estaríamos, já que não é dificultoso persuadir-mo-nos de que ingerir a chamada “comida lixo” não favorece nem o estômago nem a pele.


As pessoas lustrosas podem morrer ao mesmo tempo que algumas deficitárias no magno capítulo da nutrição.


Uns morrem por glutões e outros por avitaminoses, mas há que reconhecer que se trata de dois finais distintos, ainda que desemboquem no mesmo sítio.


O último porto não exige controles aduaneiros.


A este humilde escrevedor-servidor, recomendam-me que não beba e que ande.


Como poderia andar sem beber?


Ficaria parado a meio do caminho e os meus caminhos nunca tiveram uma meta clara!


domingo, 26 de agosto de 2007

- Maturidade significa ter encontrado finalmente uma maneira de concordar com a opinião maioritária !

ASSIM SOMOS se ASSIM PARECEMOS !










Somos muito "pequenos"!





São tantos os investigadores das atitudes sociais dos portugueses, que não podem estar todos equivocados.

As sondagens ou pesquisas de opinião, são sempre reveladoras, ainda que sofram do mesmo defeito de sempre: alimentam-se unicamente de quem lhes responde.

Muitos portugueses, quando lhes prescrutam a sua opinião sobre qualquer assunto, dizem que não falam mais, senão na presença do seu advogado.

Outros, mandam pentear macacos os inquisidores.

Não obstante, temos que confiar nelas, apesar de valerem menos que uma pedra filosofal e ainda que os seus resultados sejam incríveis.

Segundo se lê na imprensa em geral, com os “acostumados escrúpulos que se colocam nestas notícias”, o maior nível de desconfiança é ostentado pela Igreja Católica e outras companhias multinacionais.

Porque será?

Isto assegura-nos que uma onda de cepticismo nos invade, ainda que não ameace afogar-nos.
O verdadeiro cepticismo começa quando duvidadmos se aquela palavra, (escrúpulo), começa com “ex”.

É a dúvida!

No princípio, foi uma doutrina de alguns filósofos gregos.
Aqueles homens que começaram a dar volta à cabeça, à sombra das figueiras, chegaram a pensar que a verdade não existe ou melhor, que o homem é incapaz de conhecê-la.

Agora estamos cheios de cépticos, ou seja de “incrédulos, tanto na causa como no efeito”.

Os portugueses, quiçá devido à inibição informativa, desinteressaram-se da política, que é algo que a todos nos deveria interessar.

É claro que a nomeação de um novo qualquer ministro, na equipa do governo, interessa muito menos, que a contratação de um novo futebolista, quer pelo Benfica, Sporting ou Porto.

Também parece que as primeiras sextas feiras do mês, apaixonam muito menos que os primeiros jogos da 1ª Liga, (nem sei como se chama, tantas são as metamorfoses por que tem passado).

Será verdade que somos assim?

sábado, 25 de agosto de 2007

- Os negócios ocorrem quando vários indivíduos se julgam espertos, mas pelo menos um deles não o é !

ÁS ARMAS !!! ÁS ARMAS !!!





Líbia, deserto











Trípoli, Marina









Zona de Trípoli












LÍBIA, deserto










As notícias vêm em novelo e turbulentamente: a Líbia anunciou a compra de mísseis anticarro, por cerca de 168 milhões de euros à EADS, (o gigante europeu, European Aeronautic Defence and Space Company EADS, corporação europeia do ramo aeroespacial, formada pela união das empresas Aérospatiale-Matra de França, Construcciones Aeronáuticas S.A. (CASA) de Espanha, a DaimlerChrysler Aerospace AG (DASA) da Alemanha e também accionista da Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA).


A companhia desenvolve e vende aviões civis e militares, assim como mísseis, foguetes espaciais e sistemas relacionados.


Esta operação, não é mais que uma contrapartida obtida por Kadhafi pela libertação das enfermeiras búlgaras e do médico palestino ou búlgaro, uma obscura chantagem que mais uma vez colocou à prova a debilidade ocidental, com a aquiescente complacência da França.


Ao mesmo tempo, Condoleeza Rice, anunciava uma maciva venda de armas a oito Estados do Médio Oriente, sendo os seus melhores clientes, Israel e o Egipto, num valor de cerca de 46.000 milhões (?) de dólares em dez anos, com o benemérito fim de equilibrar o poderio militar crescente do Irão, na região.


Este turvo negócio de armas de enorme transcendência económica e que nos Estados Unidos possui uma singular influência política, está, manifestamente, no apogeu do mundo e nós, pequeninos como sempre fomos e seremos, (nem em bicos dos pés), vendemos o equivalente aos atilhos para as embalagens, dos tubarões ...


A Espanha, aqui ao lado, em 2000, vendeu 33 milhões de euros de armas e em 2006, foram 587 milhões, um crescimentozito de 1678 %.


Mas o terrífico nestas notícias, duma corrida e dum aumento do comércio militar, ás decisões de rearmar alguns países, para conseguir teóricos equilíbrios, representam em todos os casos, MAIS MORTES e DESOLAÇÃO.


Armar o 3º mundo, é condená-lo!


Mas é isso que nós os europeus fazemos, com uma visão perdida num crispamento e espasmo crónico de cepticismo (perpétuo), na expressão!



quinta-feira, 23 de agosto de 2007

- A liderança não é nada subtil, mas apenas a venda de ideias, fazendo as pessoas pensarem e agirem de uma maneira como jamais pensariam ou agiriam por conta própria !

A MORTE










































Não devíamos prosseguir perguntando à morte onde está a vitória: em muitos casos somos nós que a tornamos possível.


Há catástrofes, daquelas que chamamos naturais, já que obedecem aos absurdos desígnios da Natureza, mas há outras que somos nós próprios que as procuramos.

O azar, o destino e o carácter parece que norteiam a nossa aventura terrestre, mas sem dúvida que estão descompensados.

Quantos bons esquiadores não se frustraram por terem nascido no Sahara? Quantos grandes pugilistas não chegaram a disputar um campeonato mundial, só porque nasceram antes que o Marquês de Queensberry regulamentasse o boxe?

Nada é insignificante, dizia Schiller, que era quase como Goethe, “o princípal de todos os negócios do universo, é o local e a hora” .

A muitos, chegou a sua última hora, em consequência do sismo peruano, onde o exército tenta impedir os saques, com tanques.
A outros, chegará se o furacão Dean for pontual na sua comparência ás costas do México.

A morte dá-nos sempre voz, o que se passa é que somos duros de ouvido.

Por serem escassos os seus chamamentos, o jurisconsulto geral dos EUA, vai assumir mais poderes do que aqueles que possui, para acelerar as execuções.
Na actualidade, há, no país mais poderoso do mundo, perto de 3400 condenados à morte e o que se pretende é que tenham menos tempo para apelar, pelas suas sentenças.

A morte, que segundo um ditado turco, é “um camelo negro que se ajoelha a todas as portas”, impacienta-se muito.
Não sabe esperar até que “a nossa vida acabe e o nosso viver ordene”, como postulava o clássico; vai muita gente à nossa frente, por intermédio desses assassinatos que chamamos “ pena capital”.

Neste mês de Agosto está a obter uma boa colheita, por umas coisas ou outras.

Sabemos que ela nunca veraneia!




- Espalhar elogios não merecidos, é uma maneira muito mais fácil e eficiente de obter o apoio da maioria, do que tentar provar o próprio valor !

ARMAS - NEGÓCIOS NÉDIOS !










































(Desculpem, mas esqueci-me de cortar as unhas dos pés.)




As fábricas de armas não temem pelo seu futuro.

Nestas empresas não há o menor risco de salários em atraso ou despedimentos.

No negócio de matar não há esses altos e baixos, tão comuns nos outros comércios ou indústrias, nem há flutuações nos lucros finais.

A Bolsa pode subir ou descer, mas a vida, quero dizer a arte de arrebatá-la ao inimigo, sempre outorga crescentes lucros.

Por via disso, muitos países e em Portugal também, nos esmeramos em fabricar artefactos cada vez mais eficazes e que tenham um grande êxito comercial.

Não há indicadores, em Portugal, os números da produção industrial de armas de fogo estão protegidos por segredo estatístico, tanto no que diz respeito ao número de armas fabricadas, como no que concerne à facturação.
O capítulo "Fabricação de armas e munições" do "Inquérito Anual à Produção Industrial", do Instituto Nacional de Estatística (INE), refere que Portugal fabrica armas de guerra, revólveres, pistolas e espingardas, mas não os valores da produção e das vendas destas armas.
Quem consultar os referidos inquéritos, verá que o lugar onde estes valores deviam estar descritos, está preenchido por um tracejado cuja legenda é a seguinte: "Segredo Estatístico".

Pensa-se que o negócio de exportação, tenha aumentado 150% ou mais.
Para dissimular essa grandiosa exportação, chamamos-lhe de “material de defesa”, como se não servisse também para atacar.

Vender bem, sem ver a quem, é o nosso lema.

Os “anseios infinitos de paz” que todos proclamamos compensam-se com os anseios infinitos de que nos comprem todo o material bélico que fabricamos de diversas tecnologias, incluso as de “uso duplo”, ainda que se empregue da mesma maneira.

“Tristes armas se não são as palavras”, mas todos os governos permitem que se fabriquem e quando alguma ultrapassa em efectividade as tradicionais, fala-se hipocritamente em chegar a um acordo para moderar o seu emprego.


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

- A realidade depende dos instrumentos usados para contemplá-la !

E-MAIL












Recordo-me quando andava ás voltas com o correio electrónico.

Era tal a admiração que me causava o milagre de poder enviar uma carta, que seria recebida no mesmo instante que, com a falta de fé que tenho, telefonava, para me assegurar de que a mensagem que se escapulira de forma tão misteriosa, tinha chegado.

A técnica produzia-me muita desconfiança, mas a mecânica também.

Que uma voz se mude pelo mundo através duns fios, como se faz com a electricidade ou que se possa erguer, sobre o rio mais caudaloso e largo, uma ponte com vários quilómetros, que suporte o peso de uns milhares de automóveis, ainda que verdadeiramente extraordinário, é perfeitamente compreensível à minha mente, mas que uma palavra que eu escrevi no meu computador, necessite só de um toque na tecla, “enviar”, para quase no mesmo instante, esteja em Pequim, Paris, Cidade do Cabo ou Nova Iorque, não cabia na estrita racionalidade do pensamento em que fui educado e era para mim, o mais extraordinário que tinha conhecido, muito mais que a viagem do homem à Lua.

É que a tecnologia parece-me sempre, mais fruto do azar e do destino, que um processo racional.

A prova é que se algo não funciona, o que fazemos é desligar o computador e voltar a ligá-lo, tentando que automaticamente, tudo role sobre esferas ou rodas.

Todavia, acostumei-me rapidamente a estas loucuras da tecnologia e inclusivé, ao cabo de muito poucos meses, já dava para impacientar-me quando não conseguia a ligação, como se realmente fosse um direito ao qual a minha mente se tinha fixado e que não estava disposta a renunciar, por difícil que fosse comprendê-lo.

Mas o tempo passa e hoje parece-nos impossível que algum dia tivéssemos de escrever “qualquer coisa” na máquina de escrever, metê-la num envelope, ir aos correios para comprar o selo, colá-lo, colocar o conjunto no receptáculo respectivo e esperar uns dias, para que a(o) amiga(o) recebesse a mensagem de amor, ou o cliente a factura.

E mais, hoje, levantamo-nos dispostos a perder um quarto de hora ou mais, eliminando correio em inglês, que nos anima a comprar Viagra, relógios de marca a preços irrisórios, remédios para tudo e para todos sem receita, títulos académicos sem estudos, umas pastilhas a preço irrisório, que nos alargam e alongam o pénis, para aquela medida que parece ser a que proporciona a felicidade.

E se o nosso servidor de internete não o impedir, (por falha ou qualque outro), estamos dispostos a responder áqueles E-MAILS, deixando para o fim o mais misterioso que promete vir carregado de fantasia.

E sejam quais sejam, os supostos inconvenientes e vantagens que tragam consigo, há sempre uma “racha”, “greta” ou “fenda”, com pêlos ou sem eles, num corpo bem feminino, para onde deslizar a imaginação que transcende a vida.

- Falar verdade é uma maneira certa de distorcê-la !

A LEI do TABACO, (?)


























O projecto de lei, sobre o consumo do tabaco, que se presume entre em vigor no início do próximo ano e que para ser sincero, não sei onde se encontra, ( como não fumo, não ligo a minudências), obriga a uma reflexão sobre a criação do Direito, a sua imposição e o grau de coacção permissível e conveniente, incluso para a aceitabilidade real das normas ou artigos que a compõem.

Porque o projecto em questão é mais proibitivo que preventivo e muito limitativo da conduta dos particulares, sendo sim, rigoroso nas sanções e apressado na sua aplicação imediata, sem período de “acostumamento”.

Já o mestre Maurice Hauriou, jurista francês, advertia da existência de dois momentos diferenciados e complementares na operação do estabelecimento da regra do direito: primeiro, a decisão do poder público que a criou e definiu; e segundo, a sua aceitação pelo meio social, que converterá em objectiva a tal regra de direito.
Quando a segunda falha, à lei sucede ocorrer-lhe o pior: que ninguém atente à sua letra, como frequentemente ocorre, por exemplo, com as leis urbanísticas.

Esta consequência seria muito lamentável neste caso, já que o tabaquismo constitui uma chaga social, importante para a nossa saúde e para o erário público.

Tem pois, o Parlamento, uma importante tarefa por diante, com a discussão do projecto.
Antes de tudo, tem que convencer da necessidade e bondade do seu propósito, pois o vigente Estado de Direito, não é aquele Estado “eudemonista” do despotismo ilustrado que poderia sobrepor-se, sem explicações, à busca “da felicidade e ao bem estar” dos cidadãos e ás suas liberdades.

E, depois, avançar com critérios preventivos e não estritamente proibitivos, mitigar o rigor legal, considerar com sensabilidade todos os direitos afectados e moderar a pressa, que não é boa conselheira para a necessária aceitação social de uma norma restritiva.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

- Marte, Deus da Guerra, gostaria de deixar claro que está apenas a fazer o seu trabalho !

EXAMES:


É curioso, mas sinto-me realizado e animado ...


O exame de alemão de ontem, que não era nada fácil, pois tratava-se dum valente pedaço duma “das Mädchen”, (borracho, cachopa), com um mapa na mão, que queria a rua X.
Ampliei a coisa, ( O MAPA !!! ), num papel que tinha no bolso e dei-lhe todas as indicações, porque um bom português conhece a linguagem gestual, não deixando ficar mal a educação paterna ou materna, ou ambas, porque o dedo indicador é para isso mesmo – indicar - e ela percebeu tudo lindamente, tanto mais que à noite, estava com duas amigas, por sinal da mesma alta qualidade a tomarem chá na esplanada onde me encontrava com a minha mulher.

Alemão, passei mesmo com distinção, apesar de não ter estudado nada.

Mas os exames de hoje foram piores.

- Exame oral de inglês:

Toca-me em sorte uma magricela, bem alta como uma salsicha alemã, mas com muita mais fome no corpo. Queria a rua Y.
Novamente ampliei a coisa, ( UM MAPA !!! ) e consegui manter uma conversação de mãos, palavras e linguarejar, que fiquei com as indicações do seu aldeamento turístico e ela com o Sul quase na ponta da bússula.

- A espanhola sim, era tipo enguia, bem cheia de carnes apetitosas e com longos cabelos negros, que só se podem e devem usar de noite. Queria saber a rua Z.
La consegui ampliar a coisa, ( JÁ DISSE, O MAPA !!! ), e “mantener una conversación con esta hermosa hermana, quizás sea cosa de la casuística o de la magia del orden alfabético pero la verdad es que la hei ayudado mucho”. Depois de me encontrar, “más cercano, por no romper la tradición ... “. No meu coloquial lingual, soube ..., ( o que se consegue saber e descobrir em pleno século XXI ), que estava hospedade no mesmo hotel “de moi” ...
Sorte a dela ou madrasta a minha ...

- O exame de francês ficou para amanhã !

- Exame de japonês:

Era do tipo varinha mágica, com cerca de palmo e meio de altura, talvez um pouco mais, mas idade apropriada para procurar ruas, pois pretendia saber a rua W.
É certo que o japonês é uma língua difícil e os meus parcos conhecimentos não cimentam nada de eloquente, mas ... dediquei uns largos minutos a tentar percebê-la. Depois, ela também não facilitou nada o entendimento, porque não tirou dos ouvidos uns auscultadores que certamente debitavam altos decibeis de qualquer “hogaku” ou “enka” .
Quando reparei que se tinha acabado o papel das ampliações, onde ampliava a coisa, ( O MAPA !!! ), verifiquei que o aparelho acústico tinha, ao nível do peito, por debaixo duma alva t-shirt, dois botões negros, mesmo virados para mim.
No da esquerda, como normalmente sucede no nosso país, com os rádios vindos do oriente, tentei baixar o som e no da direita mudar de canal, rodando-os, para me sintonizar melhor com ela.
Foi quando ela, que por não perceber patavina da minha explicação e da linguagem gestual, se despediu com a mão aberta e espalmada na minha cara e com toda a força.

Ainda podia ter sido pior ...

por isso estou animado ...

- Os jovens que fazem a PGA a fim de se preparar para o mundo dos negócios, são como tigres que fazem estágios em talhos para enfrentar a selva !

PLUTÃO DESPROMOVIDO











Caro Plutão:

Sei muito bem como te sentes agora que te expulsaram do sistema solar e que te tiraram a carta de planeta, como a outros lhes tiram a carta de conduzir, pela mesma razão que a ti, ou seja, por não conduzirem à velocidade devida.

Eu sei que estás “lixado” porque estas coisas ferem o orgulho embora alguém disfarce que não lhe importa, apesar de que a tenha procurado e agora graceja mencionando, Groucho Marx e repetindo que “nunca aceitaria inscrever-me num clube onde admitam gentuza como eu”.

Sei que os planetas também têm o vosso coraçãozito e o vosso orgulho.

Sei que te sentirás como os demitidos do trabalho, como se tivesses estabelecido um contrato de lixo com o Sol e agora tivesse findado e pelo qual não tiveste direito nem a uma indemnização miserável, como os políticos renunciados, renunciantes, demitidos ou defenestrados aos quais se lhe abrem infames expedientes. Como aos executivos que um dia tocam no tecto da sua empresa e aos quais se deixam de promover, como aos ciclistas a quem se lhes retira uma carreira, por dopagem, Um executivo, um partido político, um membro de um partido deve ser preparado para aquelas situações, mas o que faz um planeta no desemprego e na paragem, tendo que procurar ou fazer pela vida, pela rota leitosa da Via Láctea?

Os povos, as uniões, os sindicatos, os companheiros do grupo não se movem por um planeta a que o seu sistema solar, pôs com os pés na rua ou na galáxia.

Não imagino na verdade, Júpiter, nem Saturno, nem Marte, a fazerem por ti uma greve de fome, nem atrás de um grande cartaz com coisas como:

“Solidariedade com Plutão”, “Plutão somos todos” ou “Readmissão de Plutão”.

Sei que estás a passar mal, amigo.

Eu mesmo já vivi situações como a tua e posso assegurar-te que há alturas na vida que, expulsando-te de determinados locais o fazem sem propor-te um impagável favor.

O expulsão é a experiência fundamental e original da existência.

Aos seres humanos “jogaram-nos” ou expulsaram-nos, em duplicado, de uma barriga, (a da mãe), e do Paraíso.

Suspeito que em ambos os casos se passou a melhor coisa que nos poderia acontecer.

Suspeito que o Edén era uma seca e que a Eva fez o que tinha a fazer.

Quando me expulsaram, da sala de aula, pela primeira vez, acreditei que me ia cair o mundo em cima, quando de repente reparei, no corredor da escola, de um outro, de dois, de três expulsos das respectivas aulas e iniciei com eles grandes amizades que ainda conservo e umas divertidíssimas aventuras, que ainda hoje guardo na memória.

Digo-te, Plutão, meu irmão, que tudo o que merece ser aprendido na vida está sempre no corredor e fora da sala de aulas, incluso a verdadeira amizade e aventura, cuja luz é mais refulgente e “cegadora” que a luz do próprio Sol!