Uma irmandade extensa e que tende a aprimorar muito a sua indumentária; a diferença para os antigos bandoleiros que se ataviavam de maneira enjoada e displicente é que os distinguíamos pelo bacamarte e não pela carteira plana e a marca do relógio de pulso.
Há que reconhecer que tem o seu mérito ser o maior embusteiro da história, porque sempre o fez com muita competência.
Uma fraude de 50.000 milhões de dólares, que traduzidos para “português”, supõem 37.500 milhões de euros, têm que contar com a colaboração de muitos mentecaptos ambiciosos.
O ex respeitável senhor Madoff, de 70 anos, confessou aos seus dois filhos, directores da firma que encabeçava, que o seu negócio não tinha pés nem cabeça e era só “uma grande mentira”.
Estamos a viver o mesmo em Portugal, ainda que o neurótico e impávido e sereno Sócrates resista a admiti-lo com todas as suas consequências e nos anime, em vez de dar-nos dinheiro.
Foi a avareza, que não é pecado ao alcance dos pobres, a culpável.
Os que não podem armazenar o que lhe faz falta, são inocentes.
Não é totalmente certo que o avarento pense que vá viver para sempre: tem que entesourar mais e mais porque não lhe satisfaz o que tem.
A cobiça, que tiveram os excelsos representantes, noutras épocas, é pecado capital do nosso tempo.
Como é que vai ser pecado a gula e a luxúria?
Só há um pecado: o desamor.
Quem aferrolha, são os culpáveis do que se está a passar.
Uma das entradas de Wall Street desemboca na porta do Sol, esquina com o Largo de S. Bento.
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