quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

BANCOS de ..PEDRA

.Tento citar Bertolt Brech, que disse isto, "só há uma coisa pior que atacar um banco: fundar um banco" e agora estamos a achá-los poucos.

O dinheiro pode ser que seja um nómada, nas até os vagabundos se cansam e chega um momento em que é nele que se querem sentar.

Agora não estão a oferecer a ninguém, hospitalidade.

Nem sequer refúgio de peregrino.

Honra lhes seja feita que, excepcionalmente, não pretendam borrar os seus verdadeiros propósitos e pratiquem a arriscada virtude da sinceridade e reconheçam que encerraram a torneira a empresas e famílias.

O que ainda não confessaram é que a água que sai dessas torneiras irmana de nós.

Os juros baixam, mas a Euribor resiste a cair tanto como o muro de Berlim, ainda que agora se tenha disfarçado de muro do mago Merlín e fala-se de algo tão raro como "a refundição ideológica do capitalismo".



Desde que os fenícios inventaram a moeda, ninguém tem a menor dificuldade para demonstrar a sua gratidão a outra pessoa, nem para submeter um grupo delas.


Basta mudá-los de nome e em vez de escravos chamar-lhes, segundo as épocas, "produtores", "proletários" ou "digníssimos assalariados".


Os índices, ou pesquisas ou ainda indicações do Banco de Portugal, admite o que já sabíamos todos de há bastante tempo a esta parte que nos toca viver: que se restringiram os créditos a consumidores, consumidos e empresas.



Quem experimentou pedi-los já o sabe bem.


Dito de outro modo: que não há quem largue um euro ou dólar, porque prefere tê-los amarrados, não se vão eles tresmalhar.


Que tempos aqueles onde havia guichés pródigos e tão solícitos que os seus oferecimentos se adiantavam ás nossas solicitudes.


As "cédulas" desapareceram tão misteriosamente como as "cédulas de Guantánamo" e os cativos clamam ao céu, que é surdo.




Bancos vazios !

4 comentários:

Laura disse...

Rapaz; nem digo nada, já disseste tudo, pena não estar isto publicado na primeira página de um jornal diário...
Bolas, se todos pudessem dizer o que lhes vai na real gana!... Beijinho

Angela Ladeiro disse...

A Laura sabe dizer!...Eu escuto, ou melhor...leio. Bom, muito bom

xistosa, josé torres disse...

Laura

Não tenho tempo e vou acabar com este blog, já ando a pensar nisto há uns tempos.
Mas depois talvez também vá modificar o "inséte".

Quero ser mais interventivo na "porca" da vida portuguesa, onde estamos cada vez mais pobres.

Só espero não ter problemas ...

xistosa, josé torres disse...

Ângela Ladeiro

Tenho que manter uma certa calma.
Por vezes sou inconveniente e já tive problemas ... há uns anitos no JN.

Tudo se compôs, mas por vezes sou desbragado na linguagem ...

Estou sem Net.
Esta é do Kanguru ou lá como se chama o bicho e o computador também não é meu.
Foi o portátil e o de secretária.
Um é um vírus que a m/mulher importou na Pen, lá no Colégio.
Não me deixa arrancar o Windows.

O de secretária deve-se ter cansado de me aturar.