Os sindicatos despertaram e, como é natural, primeiramente o que querem fazer é tomar o pequeno almoço.
A sua voz, talvez um pouco rouca, deixou de se ouvir no 1º de Maio, apesar da escassa entrada que registou a histórica data, comparativamente a anos de abundância.
A UGT, quebrou a tradição e fez uma festa separada, que as misturas estão sob a alçada da ASAE.
Os apreciados, Carvalho da Silva, da CGTP e João Proença da UGT, que por certo formariam uma parelha ideal para uma "revista", falaram claro, ainda que não forte.
Como resignar-se que em épocas duras se deleguem os sacrifícios nos trabalhadores que são os que lhes custa mais ganhar a vida?
Já se sabe que os proletários são no geral umas pessoas que não se conformam com o que têm, mas o que não se sabe é que agora ser proletário não depende da prole, mas sim do dinheiro.
Os mais discretos lideres sindicais decidiram dizer que - esta "boca" é minha -
Não são autistas e se se calam é para não afrontarem ninguém.
"Língua sem mãos, como ousas falar?", pode ler-se no poema, (ou cantar) de Mio Cid, (*).
Agora advertem, nobremente a entidade patronal, que o tempo da reforma do mercado laboral e embaratecer o despedimento, está próximo e por fortuna jaz nas terríveis fossas da História.
Passada a acumulação de ofertas que é um esbanjamento sempre que há eleições, o que se oferece agora, não parece muito sugestivo: moderação salarial.
Este é o ciclo inexorável, como as estações do ano, que se altera quando se aproximam mais promessas, (vãs).
Não é difícil compreender que um projecto semelhante não suscite um grande entusiasmo colectivo.
O "tsunami" de preços está a ocasionar revoltas em meio mundo.
Está ameaçada a estabilidade de 40 países e a ONU vaticina que o aumento dos custos, criará 100 milhões de novos pobres.
Não estamos, afortunadamente, nessa horrorosa "tesura", mas tão-pouco somo deficitários de pobres.
Damo-nos por satisfeitos com os que temos.
Não faz falta mais nenhum
(*) Rodrigo (ou Ruy) Díaz de Vivar, (1043-1099), chamado de El Cid (do mourisco, sidi, senhor) e de Campeador (Campidoctor), foi um nobre guerreiro espanhol que viveu no século XI. Veja ou leia os seus poemas ou cantares aqui:
http://www.hs-augsburg.de/~harsch/hispanica/Cronologia/siglo12/Cid/cid_poe0.html
2 comentários:
Os Sindicatos estão para os trabalhadores assim como as flores estão para florestas cerradas. São poucas e não conseguem espaço para lutar.
JOICE WORM
O problema é que os sindicalistas, defendem os trabalhadores, os patrões e as suas mordomias.
E estas é que contam ...
Sindicatos fortes não há nenhum em Portugal.
Veja-se o dos professores ... 100.000 na rua e unsdias depois os sindicatos foram ao beija-mão da ministra e assinaram ...
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