O sábio acaba de vislumbrar para a Humanidade um porvir encantador, mas desgraçadamente fora do planeta Terra. "
"O homem desenvolver-se-á no espaço !", disse.
Como em casa de um qualquer ou em nenhuma parte, mas a verdade é que aqui as coisas estão a pôr-se muito difíceis.
Há talibãs por todos os lados, alguns impecavelmente vestidos para toda a semana.
Triunfam os três maiores inimigos dos terrícolas:
- a crueldade,
- a ignorância e
- a miséria, que pelo que me parecem, são imbatíveis.
Os sucessivos deuses inventados pelos efémeros habitantes mostram-se complacentes quando se invocam, mas declararam que não são intervencionistas.
A sua neutralidade é absoluta e ouvem as preces como quem ouve chover e não dá ordens concretas ás nuvens.
Visto que este lugar deixa muito a desejar para uma altíssima percentagem dos seus inquilinos, parece que o futuro está para além ou mais acima do tecto das águias.
Sempre se reprovou as grandes potências, que são as únicas que se podem meter nestes gastos, o esbanjamento que supõe a conquista do espaço.
Enviar uma bandeira à Lua ou uma cadela chamada "Laika" custa um dinheirão, mas talvez exista a intuição colectiva de que chegará um momento em que não seja possível a vida aqui em baixo.
Alguns teólogos e outros escritores de ciência-ficção, já o tinham previsto.
Será necessário acondicionar outros planetas, como nos relatos de Ray Bradbury.
Os construtores, que já não estão a passar pelo seu melhor momento, depois de largas épocas de esplendor abusivo, serão os primeiros a acompanhar os astronautas.
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2 comentários:
Se algum dia mudássemos de "casa", faríamos novamente o mesmos erros...A Humanidade tem o comportamento tipico dos virus: invadem, consumem todos os recursos, destroem e depois migram para um ser mais saudável, perpetuando-se o ciclo...
mac
Não tenho aparecido.
Estive a curtir uma emanação de dores de cabeça.
O homem autodestruir-se-á lentamente.
Mas já não me importo, nessa altura estarei longe!
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