terça-feira, 28 de outubro de 2008

ECONOMIZAR economizar ! ! !

.
Está-nos a sair caríssimo socorrer os ricos.

As obras de caridade com os bancos diminuem ostensivamente as obras públicas.

Os distintos governos, que nunca são tão diferentes, tramam uma "refundação do capitalismo".

Nós portugueses já temos uma ideia aproximada do que consiste a operação: cada vez há menos gente que come camarões e mais que partem para as vindimas em Espanha e França.

Nós que também não sabemos muito de economia sempre contamos com dados certeiros: a crise restringiu os gastos da compra e aumentou o tempo que passamos diante dos televisores.

Faz-nos falta sermos uns "experts" em sociologia, desses que não sabem o que se vai passar na sociedade até que ocorra, para se darem conta do que se está a passar.

Temos que nos acostumar a viver com menos.

Já sabemos que há uma boa vida - peço que não confundam com vida boa - mas que é cara.

Também há outra que é mais barata, mas na opinião de muitos não é vida.



O que se irá passar quando os Governos se cansarem de injectar milhões de euros para manter a bagunça do antigo embuste?

O dinheiro acaba, mas o embuste deve continuar.

O chamado "capitalismo de Estado" de Gordon Brown, desperta muitas adormecidas esperanças, mas sobretudo entre os capitalistas.

Como será a nova arquitectura financeira mundial?

A maioria de nós conformamo-nos com que, os escombros da actual, não nos caiem em cima.

Estamos em vésperas de grandes mudanças, mas desditosamente, a alguns, não nos vai dar tempo a presenciá-las.

Por outro lado, que é o lado que nos calha, tende a dar-se um mal-entendido que confunde a palavra mudança, com melhoria.

Não é certo.

Há muitas coisas que mudam para pior.

O contrário do mau, nem sempre é o bom, como insistem em proclamar os nossos políticos.

Pode ser "mais mau" do que antes.


.

Sem comentários: