Aos portugueses, custou-nos sempre muito o trabalho de sermos contemporâneos.
Houve um tempo, quando se queimava o que discutia o enigma geométrico, que propõe a chamada Santíssima Trindade, ou se proibia desviar o curso da História, já que isso poderia supor alterar os planos divinos.
A conquista da racionalidade é muito lenta e não exclui o desamparo dos seres humanos.
Por que o aborto e a morte digna, suscitam tantas controvérsias?
São duas questões, uma inicial e outra final, que devem estar submetidas a critérios e discutir-se serenamente.
Não se trata de ser partidário do PS ou do PSD, ou outro qualquer, mas sim em acreditar que a época em que nos tocou viver é nossa e não pertence aos ancestrais feiticeiros que impuseram os seus inamovíveis regulamentos.
Quem pode discutir que temos direito a morrer com dignidade depois de termos atravessado tantas penalidades?
Por que prolongar uma existência dolorosa e sem esperança de recuperação?
Dizem que toda a vida humana é sagrada, para quem?, dizem …, mas ao que chamamos vida?
Recordo os tempos, não tão remotos, onde uma banda entusiasta de altos clérigos, proibiu, debaixo de não sei que duros castigos de além-túmulo, aliviar os sofrimentos das criaturas afectadas por aquele medicamento chamado "Taladomida".
Ao erro da farmacopeia uniu-se a Teologia, mais precisamente os intérpretes dessa misteriosa ciência.
Nasceram crianças cegas e sem mãos, mas era necessário prolongar a sua vida, mais que não fosse para mostrar a nossa piedade.
Agora debate-se se temos direito a morrer sem sofrimento, quando o desejamos e mais a mais seja a nossa última vontade.
Não penso elogiar os políticos, que regra geral me parecem uma subespécie interessada, mas acredito que Sócrates deveria debater estas questões.
Ânimo vizinho.
A crise mais árdua não é a económica, mas sim a das sobrancelhas para cima.
Que cabeça dura a deles … e a nossa.
Um dos milhentos debates sobre eutanásia AQUI
3 comentários:
Aqui está um assunto realmente controverso, digno de um debate a sério.
Voltaremos a falar. De momento, não disponho de muitpo tempo, e este tema não deve ser tratado de ânimo leve.
É demasiado sério. Tem que ser tratado com ponderação.
Um abraço
Mariazita
a casa da mariquinhas
Mariazita
Mas alguém neste país está para chatices?
Fez-se o referendo ao aborto e acabou.
O Tratado de Lisboa, ou lá o que é, que nos vai submeter a escravos dos grandes países, sem direito a Hino e a bandeira ... está em suspenso.
Talvez não seja no meu tempo.
Um dia aparece um Hitler, um Mussolini, um Estalin, Khomeini, um Saparmurat Niyazov, (Turquemenistão), um Salazar, um Franco, Edward Gierek, (Polónia),Kim Jong I ou o II, um Mugabe, Omar Bongo, (Gabão), Omar al-Bashir, (Sudão), Anastacio Somoza, um "Papa Doc ou um Baby Doc", (Haiti, um Trujillo, um Fulgêncio Baptista, um Pinochet, um Getúlio Vargas e muitos mais ... que tomará as rédeas de tudo e subjugará a Europa ...
É para isso que caminha o Tratado.
A Eutanásia?
É de somenos importância e não dá votos, pelo contrário, pode retirá-los ...
Não se toque no que está instituído ...
a casa da mariquinhas
Mariazita
Nem expressei a revolta total.
Só de armas na mão e correr esta ínclita geração de políticos, que nos infernizam a vida há mais de 25 anos.
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