domingo, 6 de julho de 2008
POLÍTICAS ...
Espantava-se Kant, no final da sua ordenadíssima vida, somente de duas coisas: da noite estrelada e do persistente eco da voz da sua consciência.
Dos abismos. Um exterior e outro de portas para dentro.
Qualquer um sabe o que é "a coisa em si" e o que é o mundo como relação, mas mais difícil, todavia, é saber por que os políticos têm que fazer declarações inéditas e por que ainda há gente que continua viva em Gaza?
Como é possível que haja portugueses que continuam a responder a pesquisas e que haja palestinianos que não tenham sido alcançados pelas bombas?
Quando se pisa um formigueiro sempre ficam formigas vivas e quando se aborrece as gentes com os discursos, sempre se encontra alguém que não adormece.
A política é uma parte importantíssima da vida.
Entre nós, esteve proscrita durante larguíssimo período, mas agora temo-la apanhado com ganas e voltou-se a um tema monográfico.
Todos nos julgamos muito, mas quem se dedica profissionalmente a ela, julga-se muito mais.
Caminhamos para um momento em que os que arbitram a conveniência sejam mais numerosos que os que convivem.
Quantos postos dependem do resultado das eleições?
Há pessoas que se pode acabar com o que se lhes dava e outras que podem fazer um buraco na sua mesa, se bem sentados, mas longe da presidência.
Não faz falta que os comensais estejam de acordo com o menu escolhido: cerca de um terço dos portugueses pensa que nenhum dos grandes partidos está a proceder bem, mas trata de participar no banquete, ainda que na qualidade de garçons.
Estão a ficar muito monótonos os nossos temas de conversação e há que pedir outro café, outro copo e outro charuto, ainda que se tenha de fumá-lo na rua.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário