Os grandes partidos portugueses, que só o são pelo número de sócios e simpatizantes, estão a perder votos.
A ilusão está feita de uma matéria que se desgasta notavelmente com o uso e há muitas pessoas de boa fé e de boa esperança, que sem chegarem a ser encantadas como lhes disseram, sofrem o desencanto.
Não há que perguntar o que se está a passar, mas sim o que se terá deixado de passar.
Tanto entre socialistas como laranjistas parece que se difundiu o descontentamento.
Talvez tenham ocultado a quantidade de embustes assimilável.
Homens tão sensatos como os nossos economistas crêem que terá chegado a hora dum novo pacto, talvez social, ou sociável, porque vai ser difícil encontrar colaboradores virginais no pacto, antes do pacto e depois do pacto.
Pela sua parte, um homem tão fisiologicamente optimista como o nosso primeiro (Sócrates), pede mais esforço à banca, como se ignorasse que ficou exausta, depois de anos e anos a “roubar” pelas cercanias e já não pode correr mais que com os seus faustosos gastos.
Todos estão pedindo algo a esse ente abstracto, que chamamos povo, que o dicionário define como “gente comum e humilde de uma povoação”, mas, que pode dar o povo que seja inteiramente seu?
Há um refrão que refere:
“Bom povo para a pesca, se houvesse rio!”
Agora estão a matá-lo, inclusive os fãs do voto, que esteve tanto tempo proibido.
O entusiasmo decresceu, mas como nos havíamos acostumado a opinar sobre as coisas que nos importam, o voto tem toda a pinta de fazer-se nómada.
Parece que uns largos milhares, ou talvez milhões de portugueses, não estão dispostos a votar nos seus até terem a certeza que continuam a ser dos seus.
Entretanto, seguirão pedindo coisas aos que não têm nada e quiçá a luta eleitoral deixa de ser um mano a mano entre os dois partidos maioritários.
A verdade é que ambas as mãos, as temos nos bolsos vazios.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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2 comentários:
E tudo isto porque é dia 13 sexta-feira! Andam as bruxas por aí... Os partidos, já muito partidos, que se cuidem!
Ângela Ladeiro
Não sou supersticioso.
Se há números que gosto, é do 19.
Os outros são todos iguais, com os devidos desvios do meu autismo e daltonismo.
Nem sei se o números são coloridos.
Mas o 19 é-o !!!
Sempre foi.
Nós é que temos que nos cuidar, porque os que estão nos poleiros, não são supersticiosos e negoceiam em todas as frentes e em todos os mercados, de preferência nos paraísos.
Não ficarem por lá ...
Todos os dias há um tiro e um melro caído.
Mas não se passa nada ...
Estamos em Portugal
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