sexta-feira, 13 de junho de 2008

A PORCA da POLÍTICA




Todo o mundo sabe que os políticos, quando não têm outra coisa para fazer, fazem declarações.

Falam pelos cotovelos, em vez de fincá-los.

São tantos os dislates que me perco a saber quem os pronunciou.

Se o Presidente da República, se aquele toxicodependente que arruma os carros perto de S. Bento.

Pedem paciência aos portugueses ante a aceleração dos preços, que casualmente coincide com a desaceleração da economia nacional.

Os seus rogos também coincidem com a movimentação dos camionistas, que ameaçam com uma greve que paralise tudo. "menos talante e solução para o carburante", poderia ser um dos temas para os seus placares.

Em épocas de revolta abundam os emparelhados mais ou menos horríveis.

Reconhece-se que são maus tempos para a poesia lírica.

Ocorre por todo o lado.

Também Hillary Clinton fez declarações.

Curiosamente são de amor ao seu ex rival, Obama.

Pede o voto para o candidato de pele mais escura que jamais tinha aspirado a ser inquilino da Casa Branca e adoptou o lema: "Sim, podemos".

Nem todas as palavras que se pronunciam num comício as leva o vento.

Tão-pouco as que se dizem numa conferência de imprensa ou nas entrevistas.

Li que o alcaide de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón, fez uma profecia digna das mais acreditadas sibilas, aquelas sábias mulheres gregas a quem se atribuem qualidades proféticas e que, para não ficarem mal, jamais se comprometem com os seus vaticínios.

" O candidato do PP será, quem em 2012, for o seu líder natural", disse o alcaide.

Mais valente foi Fraga, que declarou que Gallardón seria "o melhor representante do centro reformista".

Adivinhações de pessoas entendidas que irei consultar sobre o seu vizinho, quero dizer, nós.

Fraga Iribarne, com a idade que tem, (nasceu em 1922), aspira a um epitáfio como o dos patrícios romanos: "Mereceu a sua pátria" .

Por cá temos uma coisa parecida, que continua acreditando que ele é o melhor para Portugal e que é um exemplo de continuidade e de esforço.

Nem os anos o tornam mais pragmático, depois das ruinosas compras que fez, de armas e afins.

Excluir esta direita teimosa, ruinosa e selvagem é um dever dum bom português.



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