quinta-feira, 3 de abril de 2008

UMA SOLUÇÃO





Se se pregunta aos jovens a sua opinião acerca dos políticos, a resposta é que ocupam o último lugar no índice de credibilidade, ou seja, são os primeiros do "ranking" de embusteiros.

Como se pode corrigir esta solução?

É muito fácil, não perguntar nada aos jovens.

Está claro que, se se interrogam os velhos obter-se-á um resultado muito similar.

Sete em cada dez cidadãos, independentemente da sua idade, estão convencidos de que os políticos, segundo o barómetro dos "fazedores" de estatísticas, "só procuram os seus interesses pessoais".

A verdade é que toda a juventude, muito jovem e os velhos desconfiados, vivemos num país muito estranho chamado mundo.

Parece que o universo em que passamos uma curta temporada, tem 13.730 milhões de anos, mas conserva-se tão bem, em termos comparativos, como o nosso Nobel da Literatura.

Os problemas fundamentais jamais tiveram conserto, nem o terão até que este planeta seja engolido pelo Sol.

Não é nada com que tenhamos de preocuparmo-nos, já que isto sucederá, segundo os cientistas, dentro de 7590 milhões de anos.

O que urge solucionar é o dia de amanhã, ainda que seja quinta-feira.

Como impedir que os jovens tenham uma má opinião dos políticos e mostrem o seu desprezo por eles, cada vez que se lhes pergunta?

A solução, vou dizê-lo, está clara: não se lhes pergunta nada.

O problema da habitação protelou-lhes o porvir e mais de uma quarta parte dos menores de 17 anos está em risco de cair no umbral da pobreza, que está um pouco mais para lá, mas só a meia dúzia de passos mais, da pobreza autêntica.

O que vão expor ou opinar sobre os que vivem de pronunciar discursos?

Pode parecer pouco mas ao Decálogo juntou-se-lhe um marmóreo suplemento e há mais pecados mortais por necessidade.

Não como os veniais que se perdoam com água benta ou com água tónica.

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