quinta-feira, 24 de abril de 2008

AINDA O CASO MARBELLA


URBANISMO = LADROAGEM






Roubar em Portugal ou em Espanha está na ordem do dia, mas o pior é que não é restituído o roubado.

Ambos os costumes, são Ibéricos e já constituem tradição nacional, ou tradições nacionais e exigem aos ladrões que, aparte o seu mau e feio vício, cultivem a sublime virtude da paciência.

Depois de se apoderarem do que não é seu, nalguns sonoros casos, são presos por uma temporada que ainda que lhes seja larga, será sempre curta.

"Todo o que aguarda sabe que a vitória é sua" e, quem diz vitória, diz os triunfais milhões que mudaram de local.

Posto em liberdade, o ex conselheiro de Urbanismo de Marbella, que é o posto mais ambicionado em todos as Câmaras da Península Ibérica, mobilizou as massas, ainda que nem todas.

A actual edil, que não só encontrou os cofres vazios, já que também tinham levado os cofres, calcula que o tristemente célebre Juan Antonio Roca, (ex assessor do Urbanismo), pode ter só em Espanha um património de 200 milhões.

Como além disso é possuidor de um rosto de equivalente dureza que o seu apelido, solicitou ser integrado no seu anterior posto de trabalho.

Não se sabe se tem nostalgia da sua cadeira ou o que aspira é arredondar a sua vertiginosa fortuna..

O cérebro do saque de Marbella tem cúmplices, uns ainda procurados, outros capturados, mas como ele tinha um milhão solto, agora está em liberdade e a única coisa que tem que ter, é paciência, muita paciência.

Sabe que desfrutar honradamente do que roubou é questão de tempo.

A paciência torna a burla em agravo da sorte, segundo Shakespeare e ele que teve a má sorte de ser apanhado, não quer que corram os mesmos riscos os seus milhões roubados.

Agora só tem o problema dos piratas: ir à ilha onde escondeu o tesouro.

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