quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

CUSPAM PARA O AR










Não é certo que os dois partidos maioritários tenham deitado toda a lenha para a fogueira, nestes dias anteriores à campanha oficial: reservaram boa parte do mútuo carregamento para atiçar-se desde o seu começo.

Não se pode dizer que tenham perdido as formas, já que nunca foram donos delas.

- Há um ambiente hostil.

- Digam-mo então a mim, que já me deram dois.

Alguns manifestantes especialmente exaltados, abanaram e cuspiram um par de conselheiros madrilenos do Partido Popular.

Todavia o abanar ou sacudir, que vem do limpar o grão ou a uva, passando-os por uma "peneira", que é um crivo, como se pode admitir.

O cuspir está pior.

Pelos vistos, não há a menor ideia que aprendamos as boas maneiras.

Aos guarda costas esperam-nos dias duros porque isto não foi mais que um começar.

A presidente do PP de Madrid e da Comunidade Autónoma de Madrid, Esperanza Aguirre, teve que entrar de novo no Hospital Infanta Cristina de Parla, pela porta das traseiras, mas muito mais doloroso teria sido que não pudesse sair.

O espanhol médio é tão tolerante que admite qualquer coisa menos que haja outros compatriotas que não pensem como ele, (Estou um pouco confuso, mas parece-me que há, pelo menos, mais um país assim!)

Deviam reflectir sobre o aborrecido que seriam umas eleições se todos votassem no mesmo partido.

Além de deixar uma data de gente sem trabalho, não existiria a menor intriga, nem se fariam apostas, nem sequer especular com o "empate técnico".

A diversidade é a grande musa do mundo e está muito bem que a euforia seja alternativa, segundo vão sendo conhecidas as sondagens de opinião, que nunca podem aprofundar muito, já que soam a muito superficiais.

Quiçá o que mais urge seja fazer uns cursos de democracia, mas não há tempo.

Haverá que deixá-lo para a próxima vez.


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