quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

DOENÇAS dos PROGNÓSTICOS






Assim como em Iowa a primeira dama que quer ser o primeiro cavalheiro, Hillary Clinton, o afro-americano Barak Obama e o ex-senador John Edwards, estão praticamente empatados para o primeiro lugar democrata.

Aqui em Portugal, que nos toca mais próximo, querem-nos convencer de que há um "match" nulo virtual, entre o PS e o PSD, talvez com uma inclinação para o primeiro.

O que sucederia se as eleições fossem amanhã?

Nunca o saberemos porque não é a data prevista para tal acto.

As mais solventes pesquisas não têm em conta a tendência do português médio a enganar os pesquisadores.

Como te vou dizer a ti, que nem te conheço, como penso votar?

Aqui não se soltam ou largam as peças, a não ser os que nadam, que largam a roupa.

Para fazer mais dificultosa a sempre árdua profissão de profeta, há muita gente que em vez de emprestar o seu voto o entrega para sempre.

Entendem que o que se dá não se tira e declaram-se independentes dos acontecimentos.

Como Epicuro e sem necessidade de penetrar na sua doutrina, um grande número de portugueses mostra-se impávido perante o azar.

Meteu-se-lhes na cabeça que, passe-se o que se passar ou o que se deixa passar e façam o que façam os seus lideres, ainda que façam de índios, eles votarão no seu partido.

Esta conduta que confunde a lealdade com o comportamento da pedra-pomes, até que as profecias eleitorais, apesar de credíveis, não as podemos querer.

Somos como um membro de um jurado literário que votava no seu favorito sem se ter dado ao incómodo de conhecer o que haviam escrito o resto dos concursantes.

Quando lhe reprovaram a atitude confessou que o fazia para "não deixar-se influenciar".

Por fim, pior estão no Quénia.

Os distúrbios, depois das eleições já fizeram mais de 300 mortos, se é que alguém os contou.

Só 30 deles morreram calcinados numa igreja.

Tinham-se acolhido ao sagrado.

1 comentário:

AJO disse...

Palavras para que servem????