domingo, 4 de novembro de 2007

ÁS ORDENS DUM CHEFE

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Esse visível reclame, incluído no preço do maço de tabaco, que nos adverte que "fumar mata", devia ser copiado por todas as empresas, com uma ligeira variante: "trabalhar mata".

Já o suspeitava, mas agora, um Supremo Tribunal, num país europeu, (não tenho a certeza de ter sido em França ou Espanha), acabou por reconhecer que os graves problemas que teve um empregado com o seu chefe, foram a causa principal do enfarte do miocárdio. ( Do seu, não do chefe, que este não tem coração).

É um passo gigantesco para qualquer legislação laboral, isso de admitir como acidente do stress no trabalho causado por um qualquer merdas que chegou a chefe, excessivamente rígido, desses que não vergam a espinha, senão diante do próprio patrão ou do dono da empresa.

Já dizia Beltrand Russel que há duas formas de trabalhar: a primeira que consiste em alterar as coisas sobre a superfície terrestre e a segunda que o façam os outros.

Está comprovado, estatisticamente que uma é mais penosa que a outra e que se expande menos a partir dum plano meramente económico.

Comprovou-se, também, estatisticamente que uma pessoa é mais triste ou penosa que outra e difunde-se menos a partir dum plano meramente económico.

Considerar como acidente laboral o enfarte por stress laboral, demonstra que o trabalho não é saúde, como nos vinham contando e devolve a palavra à sua etimologia, que vem do vocábulo latino "tripalim", que se circunscreve a um martírio horroroso, que também se aplicava ás nádegas.

Diz-se que o tabalho-vocação, ou seja, o suculento ou saboroso, deve diferenciar-se do obrigatório, mas ambos têm algo em comum, já que os dois se lastimam e são necessários para ganhar o pão e o aperitivo.

Ao longo da minha vida foi-me dado conhecer grandes trabalhadores e trabalhadores infatigáveis que duraram muito com o coração a pleno rendimento.

Uns atribuem o facto a não terem deixado de trabalhar um só dia das suas vidas e outros a não terem feito isso mais que uns fugazes momentos que a ociosidade lhes deixava livre.

Assim não sei ao que hei-de aderir ou sujeitar-me.


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