quarta-feira, 3 de outubro de 2007

OS PORTUGUESINHOS





























Nem todos os portuguesinhos que vêm ao mundo trazem um pão Bimbo debaixo do braço.

Tão pouco noutros países estarão melhores de provisões, nem de atenções: perto de 80 milhões de criaturas recém-nascidas continuam sem estar escolarizadas.

Portanto, só nos podemos queixar dum modo relativo, da sua casualidade que é a que nos afecta.

Para exercer uma hospitalidade adequada, com esses desconhecidos que chegam ás casas, sem terem expressado o seu desejo de que os convidassem, faz falta dinheiro.

Mais dinheiro ou bem menos bebés.

Os partidos, com a indefinição do PS, querem que se implante um valor para um, digamos cheque-bebé, a muitas mães e não só a miserável esmola que irão receber as mães dos filhos portuguesinhos, denominado "abono de família, (?)" ou qualquer óbulo, que a esportulação desmesurada, noutros devaneios, não permite mais.

Não há dúvida que o nosso sensato ministro da economia estaria encantado, mostrando a sua generosidade, mas o que ele pode mostrar é o fundo do baú vazio.

O plano estará muito bem concebido, como foi concebido o portuguesinho, mas tem uma falha:
Donde sai o dinheiro necessário para ampliar os gastos e que o baú já não possui?

Ainda que todos reconheçamos que mãe só há uma, há que reconhecer que as que também o querem e necessitam, são muitas.

Os alfaiates eleitorais tiram sempre mal as medidas.

A ajuda para fomentar a natalidade deixa de ser estimulante se se aplica com efeitos retroactivos, pois mais a mais, converte-se em inoportuna, quando se gestionam outras ajudas.

Como conseguir dinheiro para os portuguesinhos, quando se procura dinheiro para as reformas milionárias de alguns?

Como o conseguir, para aumentar os parcos salários das forças de ordem?

Como conseguir o dinheiro para o ensino e a investigação científica?

Como conseguir o dinheiro para as promoções congeladas, quer na função pública, quer no exército, armada e força aérea, forças de segurança …?

Tudo seria mais fácil e com maior liquidez, tanto para os portuguesinhos, como para os que estão na fila, para as devidas promoções e ascensões na carreira, mas os livros de tácticas e técnicas de família dependem dos livros de contabilidade.

Gostaria muito de saber quem é o psiquiatra do ministro da economia.


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