segunda-feira, 22 de outubro de 2007

AMEAÇA À SOBREMESA

Sobre a mesa!


Aproximam-se núvens negras!


iPod ou chupa-chupa?



Aos trabalhadores há que lhes pagar o salário justo para que não desfaleçam e possam continuar a trabalhar.

Uma vez conseguido, não sem árduas lutas laborais, este admirável equilíbrio, concebe-se a segunda grande conquista social da nossa época, que consiste em procurar que demorem o menos possível a comer.

Charlot foi e precursor, ao inventar aquela máquina que era como uma diligente cadeira de dentista, com garfo e colher.

Agora dispomo-nos a dar um passo mais além e preparamo-nos para estabelecer o chamado almoço "expresso".

Depois de muitos e variados estudos, as luminárias e os luminosos, chegaram à conclusão que duas horas, era demasiado tempo.

Então reduziu-se para uma hora e meia.

Mas agora esse tempo parece-me que é verdadeiramente excessivo e poder-se-á reduzir, ainda que se desfrute de idêntico apetite, para 60 minutos.

Entre as coisas mais agradáveis que se nos depara nesta vida transitória, é uma boa sobremesa, depois de lauto almoço com amigos.

Bem vistas as coisas, para que seja realizável são necessárias muitas condições.

A primeira, que se tenha comido à vontade.

Depois devemos ter uma boa conversa, que é uma das belas artes, sem nenhum comensal que açambarque o uso da palavra, desses que mesmo mudando os interlocutores, não se dão conta e seguem com o mesmo discurso.

Depois vêm os outros requisitos, todos imprescindíveis: um copo, quiçá mais outro e mais outro e algo desse fumo que segundo o poeta, que fumava muito e morreu bastante velho, nos "aquece o coração".


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