segunda-feira, 10 de setembro de 2007

RATZINGER ou (se) BENTO XVI ???





Numa dada ocasião, terão perguntado a Albert Camus, sabendo que ele era ateu, que esperava dos cristãos.

Ele respondeu que esperava que fossem cristãos.

Só isso. Nada mais.

A nomeação de Ratzinger lembrou-me essa atitude de Camus.

Sem dúvida porque tenho medo que possa ser pouco cristão.

É contrário ao espírito cristão silenciar quem não pensa como eu, perseguir sem piedade os dissonantes, persistir com teimosia na inferioridade da mulher, não condenar a tortura e os governos que a praticam, bem como outros abusos, ou não ter a piedade necessária para compreender o que no mundo actual significa a prevenção da sida.

Já sei que assim pensava o inquisidor Ratzinger e que, para melhor, o papa Bento XVI vai pensar e actuar doutra maneira.

É importante, para crentes e não-crentes, um Papa cristão, porque esses valores são indispensáveis no mundo de hoje e que os exerça sem complexos quem tem a grande autoridade moral do Papa de Roma.

Porque, infelizmente para uns e para outros, nem sempre os católicos têm sido cristãos.


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