segunda-feira, 3 de setembro de 2007

PROFISSÃO "Ex"




Há que admitir que quando um determinado personagem deixa de ser presidente de um país, encontra-se numa situação privilegiada para explicar porque não pôde cumprir com as promessas, sempre atractivas, que o levaram ao “poleiro”.


Compreendemos que entre os “ex”, se rifem ou sorteiem os que irão ser conferencistas ou conferenciantes.

As salas encher-se-ão a transbordar de um público que lhes quererá ver a cara, a quem só viram milhares de vezes por fotografias, nem que seja para comprovar que a sua pele não é de cimento.

Não são eles, mas sim o auditório, este sim, quer assegurar-se de que também não são imortais, caso algum ou alguém o tenho ignorado ou esquecido.

Nem todos os “ex” presidentes vão passar à história, mas nenhum deles irá passar apuros económicos.

É certo que ganham pouco enquanto, entretanto ostentam o cargo para o qual foram eleitos.
Um presidente é o chefe máximo duma empresa que por rara coincidência tem o mesmo nome que a sua nação.

Contempla, como nessa nação que regem, se fazem fortunas, quiçá também legítimas, enquanto isso, em cada bairro há muitas pessoas que ganham todos os meses muito mais dinheiro que eles.

Os emolumentos do gerente dum país são tacanhos, ou até mesmo inhenhos, ainda que existam muitas assimetrias segundo o país em questão. (Nas ditaduras, por exemplo, o gerente é, ao mesmo tempo, o chefe do pessoal).

É tudo uma questão de paciência.

Quando abandonam o cargo, vão fazer-se multimilionários dando conferências.

O recorde dos recordes, ostenta-o Bill Clinton que continua a postular ou reivindicar.

Ganhou, ou melhor dito, obteve, cerca de 8 milhões de dólares pelas suas intervenções.

Muito dinheiro para um só ano, mais a mais, considerando-se que as suas conferências foram escritas por outros.

Além disso, pagam-lhe o avião, o hotel e a todo o séquito que o acompanha, que são muitos e com um apetite desmesurado.


1 comentário:

Kath disse...

Ah, já conhecia... ;-)