sexta-feira, 7 de setembro de 2007

FOGO !



FOGO !


Um fogo imenso ... intenso ...
que arde e se extingue como obra dum pirómano
revoltado com a terra infértil, que foi seu berço.
Fogo, que é chama, mas será cinza ...
como a dos homens que nunca chegarão aos céus!
Fogo que vem do nosso interior e nos marca a pele.
Marcas que ficam ... como ficaram em mim,
da terra ardida, esbatida em labaredas,
que desenham silhuetas vampirescas, nessa mesma terra.
Não foi um sonho ...
Não foi o vento que as trouxe ... nem as levou,
nem a humidade dos rios, mares ou lágrimas, que as secou.
Há sempre um fogo imenso ... intenso ...
Corpos carbonizados ... feitos de cinzas incolores,
que o Sol um dia as pincelará!

xistosa em SET/2007




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