sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O VERÃO É UM PRÓLOGO !!!






Em Setembro chega a sua educada extensão e começam a ausentar-se esses senhores com bermudas e abundantes capilosidades nas extremidades inferiores.

O verãozito dos marmelos, (ou o Verão dos parolos), assim chamado como recordação de quando havia marmelos, supõe um novo caminho, mas o curso dos acontecimentos segue sendo o mesmo.

Partem os vizinhos apócrifos que alugaram um andar precisamente junto ao nosso, retiram-se os toldos, as barracas, os guarda-sóis das praias e até desertam os peixes aranha e as medusas, que são como os moncos de Neptuno, que apanha uns enormes resfriados por viver sempre em sítios húmidos.

Os verões vão devagar, já que a ninguém lhe dá prazer retirar-se para os seus quartéis de inverno, mas as hipotecas disparam para o ar e só se fala da instabilidade no Iraque, o genocídio no Sudão, Darfur, o desmantelamento da ETA, que agora desconfiam que poisou por lusas paragens, mas tudo isto não será o último, nem a verdade.

O mais apelativo deste regresso, foi um encontro de Sócrates com Bush, de Zapatero com o Papa.

Este então, foi mesmo com um Papa ecologista.

Bush, quer salvar o Médio Oriente, Sócrates quer salvar Portugal e o Papa quer salvar o planeta.

Zapatero prometeu subir as pensões.

O Papa promete subir-nos ao céu.

Duas opções favoráveis, mas penso que, para os espanhóis, uma é mais urgente que a outra.

Zapatero incorporou-se com uma faixa amarela, tem que ser a sua cor favorita, o Papa, vestiu-se de verde.

Bush, parece-me que usou gravata.

Sócrates correu … como gata em telhado de zinco quente.

Não fez promessas … lá.

Talvez ainda não tenha descoberto o caminho para afiambrar-se com mais uns “pózes”, que ociosamente guardamos no bolso das ceroulas, os que ainda as possuímos.

Não sei porquê, mas antevejo ser mais difícil, Sócrates salvar Portugal, que é uma ínfima e transcendente parte do planeta, do que Zapatero salvar Espanha, ou o Papa salvar o planeta inteiro, que é uma minúscula parte do cosmos.

Os três, (Bush aqui não conta. Não lhe escreveram ainda as suas ideias, para transmiti-las), têm objectivos árduos, o primeiro, um Ali Bábá, à paisana, tem ofertas que parecem ser pouco sólidas.

Tem mais categoria, ainda que, para mim, a mesma credibilidade e credulidade o vigário de Cristo.

Depois de tanto tempo ouvindo falar de Papas, incluindo o Papa Negro, agora fala-se do Papa verde.

Devemos confiar no futuro, ainda que ele, jamais haja depositado em nós a mínima confiança.

Conhece-nos há muito tempo!


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