domingo, 9 de setembro de 2007

O PESO NACIONAL





Não se sabe se a saúde será a primeira, como se assegura por ordem de preferências, nos horóscopos.

(O dinheiro, que é algo e o amor, que é tudo, vêm depois.)


O que se sabe é que aos governos modernos, preocupa-os muito.

Sabemos que não querem que adoeçamos, para podermos prosseguir trabalhando, já que uma população com saúde pagará mais impostos.

Agora difundiu-se a preocupação ante o problema da obesidade, que nunca foi um problema no pós-guerra, onde os gorduchos eram suspeitos de dedicar-se frutuosamente ao contrabando, palavra já em desuso, ainda que não, a sua prática.

O que sucede, é que quase metade dos portugueses sofre do que antes era um gozo: quando se pesa numa farmácia corre o risco, de que desta salte um letreiro a avisar “pesar um de cada vez”.

A percentagem de adultos obesos cresce de modo imparável e a das crianças, cresce de uma maneira difícil de parar.

Antes, escasseavam os gordos, mas não as gordas.

E já sabemos que quando uma portuguesa pesa, pesa de verdade, mas agora com a igualdade entre sexos, têm-se igualado muito.

Um retrato “robot” que todos os dias, ou quase, em todos os locais visíveis e falantes, mostra que os compatriotas, uns com os outros, incluindo os que não são partidários de ser incluídos na pátria, estão deprimidos, têm peso a mais, visível à distância e padecem de riscos cardíacos.

Devo reconhecer, ainda que o não faça com orgulho, que não sou um português médio.

A mim, o único que me pode deprimir é que um médico me aconselhe, como disse, José Luís Alvite, (que tem uma coluna IMPERDÍVEL, para mim, no jornal galego, “Faro de Vigo”, que há já uns anitos assino, não para ler as notícias “atrasadas”, ás vezes com dois dias – agradeço aos n/CTT esta benesse - , mas para “mantener” contacto com uma língua que me seduz e gosto).

Como dizia, só um médico que me aconselhe, como diz Alvite, que vá fechando os olhos, para ganhar tempo.

Não estou gordo, (1.70 m e 78 Kg), nem fumo, desde 1996.

Não sequer tenho tosse, ainda que não goste que me tussam, principalmente na televisão e durante as campanhas eleitorais.

Creio que foi Séneca que disse, que a parte mais sã do nosso corpo, é a que mais se exercita.


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