sexta-feira, 31 de agosto de 2007

NOSTALGIAS ou RETROACTIVOS !!!





Neste Verão de músicas sintéticas, de músicas latinas passadas pelo “remix” do ritmo dançador, haveria que reivindicar a velha nostalgia cantada, a velha tristeza de uma música nunca prescindível.


É a música da família Coles, o mesmo é dizer de, Nathaniel Adams Coles, ou artisticamente, Nat King Cole, de seu irmão Freddy Cole e da filha do primeiro, Natalie Cole, um trio a meio caminho entre a balada, o êxito comercial e o melhor jazz, para uma noite de Verão.



De Nat King Cole, claro está, o que mais se conhece são as versões de velhos temas latinos.


Por exemplo, “Perfídia”, “Eu vendo uns olhos negros” ou “Ansiedade”, que são canções propaladas no Verão pelos cantores, até para turistas ingleses, em esplanadas de qualquer largo ou praça dum local marítimo e turístico.



Obviamente, já eram canções conhecidas de sobra quando as interpretou Nat King Cole.



Sem dúvida, o velho pianista do Alabana, converteu-as em nostalgias eternas com o seu peculiar sotaque americano e o seu ritmo de bolero pausado.


E mais, Nat King Cole deixou de lado um prestígio no mundo do jazz e de blues que compartia com talentos como Ray Charles e Charles Brown, simplesmente para abraçar um êxito comercial que nos deixou canções de recordação eterna.


Quase o mesmo que o seu irmão Freddy, outro excelente pianista de jazz que agora passeia a sua música pelos festivais europeus, convertido num dos últimos “crooners”.



Um “crooner” que não sonha exactamente como o seu irmão, mas sim, mais como Sinatra, tanto mais que interpretou, com igual qualidade, temas de Nat King Cole, algumas composições de jazz latino ou tropical e até canções dos musicais de Fred Astaire e Bing Crosby.



Finalmente, resta também Natalie Cole, a filha do primeiro, cuja voz é uma mistura das de Billie Hollyday e Nina Simone, isso sim, com o mesmo sotaque ou entoação e a mesma paixão de uma família que sempre parece cantar no Verão, as suas noites de nostalgia.

Sem comentários: