segunda-feira, 27 de agosto de 2007

CONSELHOS SÁBIOS



O eminente médico, Valenti Fuster, (dirige o Instituto Cardiovascular do Hospital Mount Sinai, de Nova York), que deverá ver, quantos subsistem, para seguir as suas dietas, anunciava uma multi pilúla para doentes coronários.


“O coração e outros frutos amargos”, que dizia o inolvidável, é verdade que é inolvidável, porque o estou a recordar agora, tantos anos depois da sua morte, Ignacio Aldecoa, (poeta).


O ideal para ter um coração resistente, era não ter coração.


A esse pobre músculo macio, absolutamente irresponsável, atribuem-lhe qualidades tectónicas.


De alguém, diz-se que tem um coração forte, ou melhor, como uma casa de hospedes, onde cabe muita gente, ou brando como geleia, de densidade semelhante aos nossos sentimentos mais ou menos abrangentes.


Faz falta ter um grande coração para que no nosso caiba o incontornável estímulo do coração do mundo.


O melhor, para para que continue a funcionar razoavelmente bem, é que nos traga sem quebrar, o que se passa com os outros, mas em qualquer caso propunham-se outras terapêuticas
Para durar mais, que não é sempre o mesmo que viver mais, temos que colocar de parte a chamada “comida lixo” e fazer exercício.


Estávamos previamente convencidos, mas não o estaríamos, já que não é dificultoso persuadir-mo-nos de que ingerir a chamada “comida lixo” não favorece nem o estômago nem a pele.


As pessoas lustrosas podem morrer ao mesmo tempo que algumas deficitárias no magno capítulo da nutrição.


Uns morrem por glutões e outros por avitaminoses, mas há que reconhecer que se trata de dois finais distintos, ainda que desemboquem no mesmo sítio.


O último porto não exige controles aduaneiros.


A este humilde escrevedor-servidor, recomendam-me que não beba e que ande.


Como poderia andar sem beber?


Ficaria parado a meio do caminho e os meus caminhos nunca tiveram uma meta clara!


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