sábado, 30 de junho de 2007

MARINHEIROS EM TERRA !!!


















Contam as crónicas que a profissão de pescador se vai extinguir, como se duma oscilante chama de vela se tratasse.

O elevado preço dos combustíveis, que atingiu proporções “elefantescas”, (desculpem o termo, talvez seja eu o primeiro escriba de tal anormalidade. Mas que querem ? Não percebem o texto ? Ah! então continuem ...), mais os impostos por um lado e a escassez de espécimes marítimas permitidas, para trasladá-las do mar ao prato e deste ao estômago, por outro, estão a influenciar de forma decisiva o sector, ao ponto de muito pescadores, principalmente os mais novos, irem desertando das redes, para enrodilharem-se noutras actividades menos arriscadas, no sentido vital e no económico.

O número de embarcações, por todo o lado, caiu a pique, para números irrisórios, se comparados com os de algumas dezenas de anos.

“Depois dizem que o peixe está caro”.

Frase cunhada por algum sábio, que conhecia muito bem os meandros da profissão e, com o decorrer dos anos, podemos aplicá-la em muitas, (imperativas, sem direito a recurso), ordens da vida, completamente alheias à pesca.

Mantenho o critério de que os pescadores e mineiros, estão enquadrados nas profissões mais penosas, na acepção de trabalhosas e de grandes dificuldades, de quantas se realizam manualmente, ainda que não NOS podemos esquecer das tarefas agrícolas, apesar da infinidade de citadinos e passeantes urbanos ignorem em que condições se realizam, assim como o Sindicato da Construção, actividades estas, (duas últimas), que vamos passando descuidadamente aos emigrantes, (sobre este assunto, “há muita lenha para queimar”, que tornam públicas, ou deviam tornar, muitas “corruptelas”, sem se chamuscarem nas labaredas).

A questão é que, os pescadores, curtidos a golpes de mar e sol - nada têm a ver, com o que os turistas procuram - inclusivé, ás vezes, deixando as vidas nas tempestuosas águas, quando a sua obstinada bonança se torna em traiçoeira tempestade de não melhorar a situação em que se encontram actualmente, é possível que no futuro não existam mais referências sobre eles, que as que se encontram nos arquivos ou bibliotecas.

Os seus proventos, nesta altura, são miseráveis.

Daí que a diáspora da gente do mar, seja constante.

Ficam muito românticamente representados em operetas cómicas e zarzuelas, como, Marina - Los Gavilanes - La Tabernera del Puerto, etc., mas neste caso, estão a ser arrojados a terra, pelo mar embravecido, como em inúmeras ocasiões, mas é remar contra a maré, nas reais circunstâncias impossíveis de superar durante muito mais tempo.

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