sábado, 30 de junho de 2007

AMOR (PARANÓIA GRAMATICAL)

No começo veio como um simples vocábulo, com todo o seu contexto externo, com consoantes e vogais.

Uma palavra pequena com grande conotação.

Uma palavra de encontros marcados, encontros vocálicos.

É dissílábica, mas com desinências e afixos, ela transforma-se.

Fiz uma análise e descobri, que ela pode ser até uma frase, frase com períodos longos ou curtos, ás vezes ruins, ás vezes bons, compostos de alegrias, surpresas, ressentimentos, sonhos ...

Para mim é um verbo transitivo, não sei se os “gramáticos” concordarão, o seu completo sentido sou eu e tu; esse complemento tem o nome de objecto directo e a nossa relação em si é um adjunto adverbial.

Com esta nobre palavra haverá sempre concordâncias, claro que, com factos que fogem às regras.

Por causa desta palavra a minha figura pode ser confusa para ti, estou sempre cheio de elipses e zeugmas, os meus assuntos lotados de anacolútias e anástrofes e quase sempre o meu discurso é indirecto.

Quando esta palavra é dita com todas as forças da alma, sentida com todas as energias da mente, torna-se um eco nos pensamentos e transforma o espaço no raio que se propaga e modifica corações.
Esta palavra é AMOR !

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